domingo, 24 de janeiro de 2021

Acabou a era dos mega salários dos jornalistas de televisão

 
GLOBOLIXO divulgando 'Fake News' 

Os medalhões do jornalismo televisivo ostentam há décadas salários na casa das centenas de milhares, mas isso vem mudando. A crise econômica não permite mais que as emissoras se deem ao luxo de manter cifras tão altas e quem deseja manter o emprego precisa se adequar às novas imposições.
O Grupo Globo, por exemplo, passou por uma reestruturação financeira ao ver seus custos desproporcionais à margem de lucro. Os âncoras das bancadas dos telejornais, que sempre foram contratados no regime de pessoa jurídica, tiveram suas carteiras de trabalho assinadas e o salário renegociado.
Em 2020, todos tiveram redução de 25% devido ao programa Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que acabou em 1º de janeiro. Não há informação oficial sobre o faturamento dos maiores medalhões da casa, mas estima-se que William Bonner, que acumula a função de âncora com a de editor-chefe do Jornal Nacional, receberia, antes da redução, entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão por mês, enquanto Renata Vasconcellos teria um salário de R$ 300 mil a R$ 500 mil.
Já os apresentadores do Fantástico, Poliana Abritta e Tadeu Schmidt, receberiam cerca de R$ 200 mil por mês cada um. Já a massa de jornalistas que fica por trás das câmeras têm um salário médio de R$ 4 mil.
Enquanto os profissionais com salários menores devem voltar a receber o pagamento em sua totalidade a partir de janeiro de 2021, os âncoras que renegociaram os contratos permanecerão com as reduções. Quem aproveitou isso foi a CNN, que contratou diversos jornalistas insatisfeitos na Globo, como Márcio Gomes, Glória Vanique e Monalisa Perrone. Recentemente, César Tralli, âncora do SPTV, negou proposta da concorrente, alegando que está satisfeito na Globo.

Nenhum comentário: