terça-feira, 30 de março de 2021

Governo Bolsonaro atacado por Eduardo Leite e mais 14 governadores

Os governadores ficaram incomodados com estes cards de denúncia publicados pelo ministério da Saúde. Leite e seus colegas não responderam em números, mas referiram-se de modo evasivo ao caso.
Eduardo Leite voltou a atacar os bolsonaristas, alguns dos quais apoiam seu governo na Assembleia do RS e ainda não romperam com ele.
O governador gaúcho Eduardo Leite voltou, ontem, a desferir críticas ferozes contra o governo Bolsonaro e os deputados e senadores que o apoiam no Congresso. Ele fez isto em carta que assinou com outros 14 governadores (assinam o manifesto os governadores Rui Costa (BA), Flavio Dino (MA), Helder Barbalho (PA), Paulo Câmara (PE), João Doria (SP), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT), Eduardo Leite (RS), Camilo Santana (CE), João Azevedo (PB), Renato Casagrande (ES), Wellington Dias (PI), Fátima Bezerra (RN), Belivaldo Chagas (SE), Reinaldo Azambuja (MS) e Waldez Goés (AP).
No Sul, apenas Leite assinou, já que os governadores de SC e do Paraná negaram-se a entrar no jogo político e eleitoral.
Os governadores estão importunados com os pedidos de impeachment apresentados contra alguns deles, inclusive Leite, além de insubordinações em algumas das PMs, que não querem mais reprimir empresários e trabalhadores que querem retomar as atividades, como também é o caso do RS.
"CARTA DOS GOVERNADORES: QUEREMOS VERDADE E PAZ!

Os governadores manifestam sua indignação em face da crescente onda de agressões e difusão de Fake News que visam a criar instabilidade institucional nos Estados e no País. Vivemos um período de emergência na saúde, e a vida de todos os brasileiros está em grave risco.
Os governadores, juntamente com os servidores públicos e profissionais do setor privado, estão lutando muito para garantir atendimento de saúde e apoio social à população. Enquanto isso, alguns agentes políticos espalham mentiras sobre dinheiro jamais repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros atos absurdos.
Registramos especialmente o nosso protesto quando são autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional, que violam os princípios da lealdade federativa.
Conclamamos o Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, bem como o Presidente do Supremo Tribunal Federal, para que adotem todas as providências de modo a coibir tais atos ilegais e imorais.
Os Estados e todos os agentes públicos precisam de paz para prosseguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos. Estimular motins policiais, divulgar Fake News, agredir Governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático.
Finalmente, sublinhamos a nossa gratidão a todos os servidores públicos e profissionais que têm atuado incessantemente para vencermos a pandemia. Merecem especial destaque as forças policiais, que têm a nossa solidariedade e apoio em relação a reivindicações justas quanto à vacinação, pleito em análise no âmbito do Ministério da Saúde pela Comissão Intergestores Tripartite - CIT.
Brasília, 29 de março de 2021.

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