A esquerda brasileira vem sofrendo fragorosas derrotas desde 2018, com a vitória de Jair Bolsonaro à Presidência e o fracasso das legendas socialistas nas eleições municipais de 2020. Isso explica as ações tomadas por esquerdistas por mero desespero e com apoio cada vez mais reduzido da população.
Após Jair Bolsonaro atrair multidões para os passeios de moto em Brasília e no Rio de Janeiro, as principais lideranças socialistas no Brasil acusaram o presidente de promover aglomerações durante a pandemia de Covid-19 e de disseminar o vírus, podendo gerar mais mortes.
O que assistimos é a uma mudança brusca na estratégia da esquerda brasileira. Ao verem o mar de pessoas que demonstram apoio a Bolsonaro, as principais lideranças de esquerda decidiram convocar atos populares nas ruas de cidades brasileiras contra o atual governo. Elas promoveram a aglomeração contra a aglomeração. (Quanta coerência!)
Na verdade, a esquerda se mobilizou no dia 29 para promover a guerra de narrativas. Diante da perda da narrativa de que o presidente estaria perdendo o apoio popular, as lideranças esquerdistas mudaram a estratégia, indo às ruas para tentar mostrar força e que seriam maioria contra Bolsonaro.
Nos anos de 1960, o então presidente Humberto de Alencar Castello Branco afirmou que “a esquerda é boa para duas coisas: organizar manifestações de rua e desorganizar a economia”. Porém, a baixa adesão popular a este ato contra Bolsonaro mostra que a esquerda no Brasil fica cada vez mais restrita a militantes apaixonados e políticos que desejam se perpetuar no poder.
No Brasil, não importa qual é o ato, mas quem o pratica. Se for em nome da revolução e do antibolsonarismo histérico, você será adorado e filmado por redes de TV, com viés de propaganda, como um herói que acabará com o fascismo imaginário.
Infelizmente o debate político sério no país dá lugar a autoritarismos em nome de um bem comum inexistente.
E a preocupação da esquerda nunca foi com o vírus, e sim matar a boa reputação do atual presidente da República.
Carlos Jordy - ex vereador e atualmente é deputado federal eleito pelo RJ. Também atua como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados.
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