A jornalista indígena Karibuxi acusou membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), grupo liderado por Guilherme Boulos, do PSOL, de agressão e racismo, durante ato pró-Lula, realizado neste sábado (19) por movimentos de esquerda.
Lamentável e ridícula a atitude de alguns membros do MTST que a todo custo quiseram tirar o bloco autônomo indígena da frente do ato. Um branco de nome Gabriel chegou a questionar a nossa identidade indígena, depois dele vieram outros membros nos provocar, e alguém de dentro do bloco deles foi racista conosco. Fomos totalmente isolados da manifestação geral pq simplesmente os responsáveis pelo bloco do MTST não queriam que nos fôssemos a frente do ato. Vocês não são donos da rua tampouco donos da mobilização.
Mais uma vez rolou reunião com as lideranças dos movimentos sociais e mais uma vez o movimento indígena sequer foi convidado, aí vem um branco dizer que foi combinado algo do qual não tinha um de nós presentes.
E outras pessoas viram quando um membro do MTST quis até partir pra briga com a gente. Eu vou expor essa situação sim pq é uma violência absurda.
O youtuber de esquerda Thiago Torres, conhecido pela internet como o Chavoso da USP, se diz também decepcionado com a atitude de membros do MTST.
Decepcionado com a atitude de membros do @mtst , que no ato de hoje em São Paulo agrediram fisicamente membros do Bloco Combativo, além de desmobilizarem toda a ação direta que vinha sendo feita, como o fechamento da segunda via da Consolação”, escreveu o influencer.
Quando a polícia chegou jogando bomba, quem estava no carro de som disse “quem fez coisa errada que se vire sozinho”. Do que adianta elogiar a luta dos colombianos e chilenos e reprimir qualquer atitude minimamente radicalizada que tentam fazer por aqui?”, escreveu Torres.
Tenho muito respeito e admiração pelo MTST, mas não tem cabimento fazer isso. Até desfazer barricadas desfizeram?! Desculpa, mas alguém aqui realmente acha que ir pra rua de 15 em 15 dias só pra gritar palavras de ordem vai fazer o Bolsonaro cair?
E como bem lembraram aqui, não é a primeira vez que isso acontece, essas práticas se repetem há anos).
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