Depois
que “elegeram” o rinoceronte “cacareco”, com impressionantes 100 mil votos, nas
eleições municipais de São Paulo, em 1959, e o verdadeiro “museu” de esquisitices que tomou assento nos governos e nos parlamentos, em todos os
níveis da federação, não pode mais surpreender os esforços descomunais que a Rede Globo e seus comparsas estão fazendo, disfarçadamente, para candidatar
e eleger o próximo Presidente da
República, na pessoa do seu preposto e apresentador,
Luciano Huck, que certamente, melhor que ninguém, administraria os interesses
desses grupos, cedendo ao já tradicional
“toma lá-dá-cá” político entre os Três Poderes, que inclusive tem resistido com
relativo sucesso às restrições opostas a esse “troca-troca” pelo Presidente
Bolsonaro.
Com
Huck, tudo “ficaria em casa”, numa confraternização delirante da grande mídia com
os bancos, com a esquerda, com o centrão, com a corrupção, com o assistencialismo
exacerbado, etc. Como diriam os colonos alemães da minha terra, ficaria ”tutu-chuntu-incluído”.
A
experiência histórica na política brasileira demonstra com clareza solar que a eleição de Huck teria grande
probabilidade de acontecer, bastando recordar que essas mesmas forças
“políticas” que apoiam essa possível candidatura já tiveram sucesso em outras
ocasiões, como na eleição de Collor de
Mello, que sem dúvida alguma venceu a eleição
presidencial de 1989, levado nas “costas” pela Globo, mesmo que após algum tempo ter “traído” a sua
“patrocinadora”, sendo por isso “demitido”
por ela, tudo “homologado” pelo Congresso Nacional, ao que chamaram de
“impeachment”, em 1992. Resumidamente: a
Globo colocou e tirou Collor da Presidência da República.
Mas
a força da Globo não se restringiu a Collor. Antes ela já havia “dado” força à “instalação”
(1964), sustentação, e “desinstalação” (1985) do Regime Militar, à famigerada
“Nova República”, protagonista do engodo do Plano Cruzado do Sarney (o ”começo
de tudo”), à enganosa época dos governos “fabianos” de FHC (8 anos), e mesmo
à ascensão do PT, que ficou 14 anos ininterruptos na presidência da república
(de 2003 a 2016). Essa “caminhada” vitoriosa da Globo só foi interrompida por
motivos ainda não bem explicados com a eleição de Bolsonaro, em 2018. Por isso
o desejo da Globo de “retornar” chega às raias do “obsessivo”.
E
com Luciano Huck, essa “vitória” se repetiria? “This is a question”!!!
Por
um lado, a democracia “ideal”, concebida por uma minoria, que tem a capacidade
de pensar política e democracia com mais
exatidão, não corresponde exatamente
àquela democracia que vai às urnas, e elege os seus representantes, onde a
“cabeça” das massas sempre é dirigida por forças que corrompem a verdadeira
democracia, dentre as quais a ignorância, a lavagem cerebral da mídia, a
reduzida consciência política, a
ingenuidade, a má fé, o interesse exclusivamente “próprio”, e diversos outros
objetivos mesquinhos, alheios ao bem
coletivo.
E
quando essa descaracterização da democracia acontece, o que surge é a
OCLOCRACIA, concebida pelo geógrafo e historiador POLÍBIO, da Antiga Grécia,
que trocando em miúdos significaria a corrupção, a degeneração, o desvio de
finalidade, mesmo a “inversão” de valores da verdadeira democracia, praticada
pela massa ignara e ingênua, em proveito do regime da patifaria que se adona da
política, para onde é atraída a pior escória da sociedade.
Mas
antes é preciso que se sublinhe a errônea concepção que se tornou moda fazer hoje
sobre a descaracterização da democracia,
ao que chamam de “cleptocracia”, cujo significado seria somente o “regime
político dos ladrões”, mas que deveria estar incluída, fazer parte, da “oclocracia”, bem mais abrangente que
“cleptocracia”, por incluir, além da “ladroagem” política, todos os outros
vícios próprios à verdadeira democracia.
Além
do mais, a “cleptocracia” atingiria tão somente os políticos eleitos,
”absolvendo” totalmente os seus eleitores, que estariam “lavando as mãos” pelas
“besteiras” que fizeram nas eleições, o que não é correto, nem justo. Na “oclocracia”, os culpados pelos vícios da democracia são não só os candidatos,
mas também os seus eleitores. Não foi exatamente isso que escreveu o filósofo
francês Joseph de Maistre, garantindo que “CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE”?
O
alto risco da eleição presidencial de um novo “cacareco”, no caso, do “Lava
Velha” da Globo, viria da deturpada concepção “oclocrática” da maioria do
eleitorado de achar que esse “Presidente” poderia fazer o “milagre” de atender
a todos os desejos do povo brasileiro, ”gratuitamente”, sem qualquer esforço,
da mesma maneira que ele faz no seu programa de televisão, em que transforma, gratuitamente,
para um qualquer dos seus “eleitores”, um carro “lata-velha” em carro “Zero
Km”.
Ademais,
Huck poderia entrar de forma fulminante na política, não teria “ficha suja”, e
nada que manchasse a sua candidatura, o que nem poderia, pela simples razão de
nunca ter exercido qualquer mandato eletivo, nem de vereador de “Cacimbinhas”, o
que seria grande vantagem em relação aos demais competidores.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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