O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (5.dez.2020) que o país tem a liberdade ameaçada, mas não explicou por quem nem por quê. Ele discursou em Rezende (RJ), em formatura de cadetes da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras).
Bolsonaro deu a seguinte declaração, dirigindo-se aos formandos:
“O papel do militar… além daquele garantido e definido na nossa Constituição, temos uma preocupação muito maior. Que é a nossa soberania e garantir a nossa liberdade, tão ameaçada nos últimos tempos”.
“O Brasil é 1 só. Nós respeitamos a Constituição e temos a liberdade como nosso bem maior. Isso é mais que um compromisso. É um dever de qualquer soldado para com a sua pátria”, declarou o presidente da República.
Além de Bolsonaro, estavam presentes o vice-presidente, general Hamilton Mourão, e o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Os 3 são egressos da AMAN. Também participaram autoridades militares.
Bolsonaro tem o hábito de prestigiar formaturas e outros eventos das Forças Armadas. Seu discurso foi predominantemente voltado aos formandos, sem grandes temas nacionais. Disse, por exemplo: “A emoção que vocês sentem hoje é exatamente igual à minha de há 43 anos”.
Dirigindo-se ao “povo”, também disse: “Podemos até não fazer o que vocês querem, mas jamais faremos o que vocês não querem”. O presidente deve embarcar de volta para Brasília ainda neste sábado, às 13h45.
A turma de 447 cadetes formados escolheu como nome “150 Anos da Campanha da Tríplice Aliança”. A referência é à Guerra do Paraguai, encerrada em 1870. No conflito, Brasil, Argentina e Uruguai esmagaram o país vizinho. Tratou-se da maior guerra que já explodiu na América Latina.
Entre os formandos, 9 são países considerados amigos: 3 de Camarões, 2 de Moçambique, 1 da Guatemala, 1 de Guiné-Bissau, 1 de Senegal e 1 de Uruguai.
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