Por 16 votos a favor e apenas um contra, o Conselho de Ética decidiu pela cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido. A maioria dos parlamentares do colegiado foi favorável ao parecer do relator, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP), e agora o caso terá de ser decidido no plenário da Câmara. Flordelis pode ainda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O único voto contra o parecer do relator foi do deputado Márcio Labre (PSL-RJ). Leite considerou que a conduta da parlamentar não é condizente com a de um representante do povo.
– "As provas coletadas tanto por esse colegiado quanto no curso do processo criminal são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo" – escreveu Leite.
O deputado não fez considerações sobre o viés penal do caso, mas considerou que ela violou o código dos deputados, principalmente ao se contradizer sobre fatos envolvendo o caso criminal.
A deputada é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado em 16 de junho de 2019 na garagem de casa, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ela nega. O casal havia conquistado notoriedade por ter criado 55 filhos, a maioria adotada.
Flordelis é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. A deputada não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar e tem sido monitorada por tornozeleira eletrônica, desde o ano passado, o que pode mudar caso ela perca o mandato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário