Rodrigo Maia, Alcolumbre e congressistas podem rezar por adiamento dos atos de domingo devido ao coronavírus, mas não serão esquecidos
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, somado a um número não determinado de congressistas, podem estar, a esta altura, rezando três Ave Marias e um Padre Nosso por dia, ou até mesmo um rosário completo, para a epidemia do coronavírus piorar ao máximo nos próximos dias. Quem sabe, assim, as manifestações de protesto do domingo, dia 15, contra as calamidades que a população vê no Congresso acabem suspensas? Talvez os governadores proíbam – principalmente o de São Paulo, João Doria, que hoje virou um homem de esquerda e terá no seu pedaço o maior protesto de todos. Ou, então, pode ser que a maior parte das pessoas fique com medo do contágio e decida não ir por conta própria.
A reza de Rodrigo Maia, Alcolumbre e o resto pode até ser atendida, mas é pouco provável que o boleto do dia 15 fique saldado. Deve ser apresentado de novo mais tarde – e dependendo do ódio junto à população que todos eles forem somando, até lá, a carga que carregam, a cobrança pode vir com juros. Ninguém deve esquecer que Rodrigo Maia fez 250 viagens com os jatinhos da FAB em 2019 – mesmo porque não pode botar o pé em nenhum veículo de transporte público deste país, para não ser soterrado por vaias e insultos. O presidente da casa dos representantes do povo não pode chegar perto do povo.
Na verdade, ninguém deve esquecer de mais um monte de coisas. Se não for em 15 de março, será num outro dia.
J. R. Guzzo - Jornalista
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