O novo ministro da Saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga, assumirá a pasta sob desconfiança de políticos do Centrão que controlam o Congresso e formam a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro no Legislativo. Queiroga precisará agir e mostrar resultados logo para não ganhar a antipatia do grupo.
– "Não teremos paciência com ele (Queiroga). É acertar ou acertar" – disse ao Estadão o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), atual vice-presidente da Câmara dos Deputados e aliado do presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL).
Mais cedo, Ramos ainda deu outro “recado” ao futuro ministro em sua conta no Twitter
– "A situação do país não permite que o ministro da Saúde tenha tempo para aprender a ser ministro. As respostas terão que ser rápidas e efetivas" – escreveu.
A pressão de políticos do Centrão contribuiu para a queda do antecessor de Queiroga no Ministério da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello. Grande parte desse grupo apoiava o nome da médica Ludhmilla Hajjar.
Desafios
A principal “linha vermelha” para Queiroga, no diagnóstico de Ramos, será a vacinação: se o processo não for acelerado, o ministro perderá apoio político do Centrão.
– "Ele começa com todo o apoio e com toda a torcida para que dê certo. Pelo bem do país. Se ele errar, serão outros milhares de brasileiros mortos" – disse o político amazonense.
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