Eu, Bernadete Freire Campos, psicóloga atuante há 34 anos, vivendo esse momento histórico e inédito de pandemia e de polarização política, invoco o meu código de ética para além da minha clínica:
"Como psicólogo, eu me comprometo a colocar minha profissão a serviço da sociedade brasileira, pautando meu trabalho nos princípios da qualidade técnica e do rigor ético” ...
Um perigoso jogo de disputa pelo poder está em curso desde as eleições presidenciais de 2018.
É do conhecimento de todos que há mais de dois anos um homem vem sendo perseguido diuturnamente. Esse homem é o Presidente da República Federativa do Brasil.
Desde a tentativa de assassinato, pedidos de impeachment e incontáveis armadilhas para tirar o homem do cargo, eis que surge mais uma estratégia, apresentada pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso no início do mandato, mas, hoje atua na oposição.
Ela apresentou nesta segunda-feira, 22, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apelidada de 'PEC da Insanidade', para impedir o presidente da República de governar, caso seja atestada sua incapacidade mental.
Joice consultou o jurista Miguel Reale Júnior, por sua vez, defende que “Bolsonaro seja submetido a uma junta médica, com o intuito de saber se ele tem sanidade mental para o exercício do cargo.”
E disse mais, em entrevista ao Estadão, no ano passado, que só com o diagnóstico de incapacidade Bolsonaro poderia ser considerado "inimputável" por ter participado de manifestações contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), no auge da pandemia do novo coronavírus.
Já, a traidora Joice simplifica, diz que a “PEC da Insanidade” visa “submeter o presidente a uma junta médica para saber onde está o juízo dele”. E, junto, no mesmo pacote, quer acusá-lo de crime por "expor pessoas a contágio" e por suas diversas atitudes durante a pandemia.
Qualquer tese que colar valerá: insano, inimputável? Ou criminoso?
Vou usar o meu espaço hoje para ALERTAR sobre essa ideia de destituir o presidente Bolsonaro do cargo, foi inspirada na proposta de afastamento imediato do presidente Trump por ocasião da invasão do capitólio.
Desde então, os jornais e mídias vem consultando e entrevistando psicólogos e psiquiatras, todos de esquerda é claro, para fazer “lindas” teses de copia e cola um perfil de psicopata e atribuir ao Jair Messias.
Para responder a essas questões sugiro que leiam o brilhante artigo da minha amiga, a Psicóloga Nara Resende: “A Psicologia e o Presidente”.
Bernadete Freire Campos - Psicóloga com Experiência de mais de 30 anos na prática de Psicologia Clinica
A psicologia e o presidente
No dia 04 de abril de 2020, a Folha de S.Paulo convidou alguns profissionais para fazerem uma leitura sobre a personalidade do Presidente Jair Messias Bolsonaro.
Dentre os consultados, decidi rebater os argumentos de dois professores da USP, Christian Dunker e Míriam Debieux Rosa e do psicanalista Mário Corso.
Naquele veículo de comunicação, afirmam que o Presidente tem atitudes que se enquadram numa lógica paranoica, messiânica e delirante, demonstra fragilidade e onipotência.
Contrapondo o primeiro argumento;
1- "Lógica paranóica, messiânica e delirante."
FATO: Jair Messias Bolsonaro recebeu uma facada em Juiz de Fora durante sua campanha presidencial.
FATO: Candidatos a deputados e governadores usaram o seu nome como trampolim e depois o descartaram.
FATO: Presidente da Câmara usurpou o seu protagonismo na Reforma da Previdência.
FATO: STF juntamente com o Congresso e a mídia articulam para lhe retirar o poder conquistado de modo legítimo.
FATO: Governador adultera dados da Saúde.
A Resolução nº 26, assinada em 20 de março de 2020 pela Secretaria de Segurança Pública do Governo de São Paulo, considera que qualquer cadáver, independentemente da causa da morte, “é portador potencial de infecção por Covid-19”.
FATO: Ministro escolhido por ele adia a autorização de um medicamento capaz de salvar vidas durante a pandemia da COVID-19.
Fatos, fatos, fatos!
Se o Presidente vive sob a realidade dos fatos, quem delira aqui?
Quem é o paranoico?
O Presidente tem os pés no chão, tem a cabeça ligada na realidade factual.
Delírio seria se ignorasse a grandeza dos perigos a que está exposto.
2- O Presidente demonstra "fragilidade e onipotência".
Frágil porque assume que repensou algumas de suas decisões?
Não seria tal comportamento um gesto de força e grandeza?
Frágil porque reza, ora e se ajoelha diante de altares?
Frágil porque usa palavras chulas para, concretamente, desmacarar a trama do jogo do politicamente correto?
Frágil porque recebeu cusparada na cara e não revidou?
Frágil porque chora, bate na mesa e se indigna com uma mídia que o acusa de ser o mandante do assassinato de uma vereadora?
Onipotente? Messiânico?
Seguiu todas as regras eleitorais.
Usou as redes sociais como principal meio de publicidade.
Alcançou a sua meta com gasto de campanha no valor R$ 2.812.442,38.
Foi eleito com 57.797.847 de votos.
Puxa vida, esses dados, de fato, sugerem onipotência. Os profissionais entrevistados devem ter se espantado com esses dados.
Apesar desses feitos hercúleos, Bolsonaro é Messias, mas não é messiânico.
O nome disso é POTÊNCIA! Ele é um presidente POTENTE, por isto alcançou o topo. Foi a sua POTÊNCIA que o levou ao mais alto cargo do país.
Mais uma vez, a sua riqueza veio de dentro, de sua POTÊNCIA.
3. Terceiro e último contraponto
Dunker, em 14 de novembro de 2019, numa entrevista para a revista eletrônica Brasil de Fato, afirmou que "Bolsonaro é tirano solitário".
"Brasil de Fato" ou de boato?
De quais meios absolutistas o Presidente se utilizou até o momento?
Confiscou a sua casa?
Dividiu a sua família?
Invadiu as suas terras?
Impediu que você professasse a sua fé?
Decaptou gays?
Enforcou traficantes?
Trancafiou opositores políticos?
Monitorou o seu celular?
Controlou o seu horário de sair de casa?
Determinou quantos quarteirões você pode transitar?
Proibiu banhistas de frequentar as praias das cidades?
Bloqueou as redes sociais?
Desarmou você?
Impediu de usar o Fundo Partidário para combater a pandemia do Covid-19?
Libertou criminosos e ameaçou trabalhadores?
Não, nenhuma atitude tirânica foi tomada, portanto cai em cacos mais esse argumento.
Bolsonaro é um homem do diálogo espontâneo, livre, franco, direto.
Usa de chistes com os mais conhecidos, brinca com as palavras, conversa com seus pares de verdade e rompe com quem entra em dissonância com o seu projeto inicial de campanha. Ele escuta os eleitores.
Um Presidente que, pela primeira vez na história do Brasil, sofre, chora e sente o que seu povo sofre, sente e chora.
Ele, no mais legítimo da palavra, REPRESENTA a voz amordaçada dos brasileiros.
Finalmente, darei um recado aos meus pares de profissão.
O bom profissional não analisa discurso, isto eu aprendi em 1990, no quinto período de Psicologia, quando atendi os primeiros pacientes durante estágio na Clínica da Universidade Federal de Uberlândia.
Nossa, eu era uma garota!
O bom profissional observa os detalhes, as entrelinhas, o que não foi dito, os gestos, o tom da voz, a lágrima contida, a alegria sofrida, as palavras soltas, gemidas, mal faladas, tremidas, cuspidas, desesperadas, honrosas, amorosas.
O bom profissional analisa o contexto em que o indivíduo está inserido.
Se amado, perseguido, ameaçado de fato ou por delírio.
Por fim, os Conselhos Federais, Regionais e as Sociedades PSIS precisam deitar-se, novamente, nos divãs para que as suas ideologias políticas não contaminem diagnósticos e não adulterem prognósticos.
Um apelo de uma profissional que não quer ver a sua classe perder a credibilidade tão duramente conquistada."
Nara Resende - Psicóloga clínica há 27 anos e escritora
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