Após os atos pró-impeachment convocados pelo MBL (Movimento Brasil Livre) apresentarem baixa adesão neste domingo (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descreveu os manifestantes que compareceram ao protesto como “minoria digna de pena”.
– "Essa minoria que é contra, os que foram às ruas ontem, são dignos de dó, de pena" – declarou Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (13), na saída do Palácio da Alvorada.
O chefe do Executivo também ironizou a participação de presidenciáveis no protesto da Avenida Paulista, referindo-se a Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), João Amoêdo (Novo) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
– "Vocês viram, em São Paulo ontem, cinco presidenciáveis aglomerados"? – alfinetou o presidente.
Atos contra o governo foram convocados para ocorrerem em 19 cidades do país com discurso de “frente ampla”, a fim de reunir nomes de outros espectros políticos, incluindo a esquerda. Apesar de ter recebido apoio de algumas figuras do PDT, PSB e Cidadania, o PT e o Psol se recusaram a participar do ato, tendo em vista que o MBL foi um dos grupos engajados nos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O Partido dos Trabalhadores, porém, convocou manifestações da esquerda para o próximo dia 2 de outubro.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a manifestação na Avenida Paulista, principal ponto de concentração, reuniu cerca de seis mil pessoas. O número não chega à metade do número de manifestantes que compareceram aos protestos da esquerda no último 7 de setembro, no Vale do Anhangabaú, também em São Paulo. O total foi de 15 mil pessoas, segundo informações da Polícia Militar. A soma dos dois atos fica aquém dos 125 mil apoiadores do presidente na Avenida Paulista, no feriado da Independência.
MOURÃO
Nesta manhã, o vice-presidente Hamilton Mourão também apontou que os atos da chamada “terceira via” não foram expressivas.
– "As manifestações de ontem, eu não nunca desdenho de nada, mas foram bem aquém daquilo que podia se esperar. A realidade é que a esquerda faltando, falta muita gente, né" – declarou o general.
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