Foi concluída com sucesso, aliás com grande sucesso, a operação de reabertura da Estação Antártica Comandante Ferraz, um dos principais centros de pesquisa brasileira em diversas disciplinas: oceanografia, hidrologia, geologia, geografia física, meteorologia, estudos sobre o clima global e o meio ambiente e por aí afora.
A base, administrada pela Marinha e localizada no continente antártico, havia sido destruída por um incêndio em 2012. Nessa quarta-feira (15/01/2020), após pouco mais de quatro anos de trabalho, foi reaberta – e o Brasil ganha um dos mais avançados centros de pesquisa em toda a região, com condições de trabalho, conforto e segurança melhores do que os cientistas jamais tiveram.
O extraordinário é que as obras foram feitas com rapidez inédita (só era possível trabalhar nelas seis meses por ano, por causa do clima), foram entregues no prazo, são de primeiríssima qualidade, ficaram no preço combinado – e, enfim, não houve roubo nenhum na construção, que se saiba até agora.
Por que será, não? É impossível não notar um fato: Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Correia, OAS e o resto das empreiteiras do Brasil não tocaram um dedo nas obras. Tudo foi feito por uma construtora da China.
Na verdade, os nossos grandes empreiteiros, amigos preferenciais do ex-presidente Lula e sua família, não puderam entrar no negócio – cobrando preço 10 vezes maior para não entregar obra nenhuma – por estarem entalados até o fundo da alma nos processos de corrupção na Operação Lava Jato.
Enquanto os chineses trabalhavam, os ilustríssimos donos e diretores das empresas nacionais estavam confessando crimes, fazendo delações “premiadas” e cumprindo penas de prisão. Eis aí, possivelmente, mais um benefício direto da Lava Jato e sua grande contribuição à pesquisa científica no Brasil: permitiu a reconstrução da Estação Comandante Ferraz.
J. R. Guzzo - Jornalista
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