Deve-se
ao “tucano” Fernando Henrique Cardoso, ”vulgo” FHC, que presidiu o Brasil por
dois mandatos consecutivos, de 01.01.1995 a 01.01.2003, a “malandragem” de
emendar a Constituição, através da Emenda Constitucional Nº 16/1997, que
permitiu a reeleição do Presidente da República (”coincidentemente” ele
próprio), Governadores e Prefeitos. O “trator” de FHC conseguiu aprovação dessa
emenda no Congresso em menos de 10 (dez) minutos, com uma enxurrada de “tomas-lá-dá-cá”
jamais vistos.
A
partir dessa infeliz iniciativa, buscando em primeiro lugar o próprio interesse
político, passou a ser uma verdadeira “desonra” qualquer chefe de poder
executivo cumprir “somente” um mandato, de 4 (quatro) anos, para o qual foi
eleito. O primeiro mandato, de 4 anos, passou a ser considerado “meio” mandato,
porém uma “desonra” inteira, para ninguém “botar defeito”, para quem não
conseguisse a reeleição.
Em
primeiro lugar, cabe destacar que FHC foi o maior “enrolador” que já teve a
política brasileira, sempre ”escondendo”, durante os seus dois mandatos, a sua
condição de “vermelho”, tendo a sua primeira eleição assegurada em virtude do
relativo sucesso do plano de recuperação econômica, denominado PLANO REAL, durante
o Governo Itamar Franco, onde ele era o Ministro da Fazenda, apesar da sua
formação de “sociólogo” (como “eu”, que não entendo “bulhufas” de economia), tendo
reservado para si mesmo todos os méritos da excelente medida econômica “bolada” pela equipe de economistas do então Governo.
Mas
devido ao “curto” período de 4 anos de um só mandato, parece que FHC teve consciência forte o bastante para
perceber que nesse pouco espaço de tempo ele não conseguiria concluir todos os
“esquemas” que planejara no Governo, dentre os quais, talvez o principal e mais
“escandaloso”, as “privatizações” de estatais, que permitiram a muita gente
importante “encher as burras” de dinheiro, fácil e ilícito, mediante as subavaliações das
empresas estatais, algumas delas “torradas”, como no caso da EMBRATEL, vendida
em leilão por 1,6 bilhões de reais, considerando que essa empresa tinha mais
que esse valor somente em satélites artificiais de telecomunicações no espaço
aéreo superior.
Ora,
ninguém em sã consciência pode contestar que de fato foi um “bem” as estatais
serem privatizadas e saírem da iniciativa pública, para a iniciativa privada.
Mas em primeiro lugar há que se ponderar que essas estatais não deram certo,
como deveriam, exatamente por culpa dos governantes, que nunca deram a
autonomia que elas deveriam ter para que funcionassem bem, como se empresas
privadas fossem, e que foi o verdadeiro “espírito” que norteou as suas
criações. Ao invés disso, muitos governantes transformaram essas empresas em
“cabides de emprego”, ”apadrinhamentos” políticos, e” focos de corrupção”. É
claro que, afastados todos esses “probleminhas”, na iniciativa privada elas
iriam se dar melhor, tornando-se mais lucrativas, sem os “ranços” e vícios do serviço
público atrapalhando.
E
nada justifica também os preços subavaliados pelos quais foram vendidas essas
empresas, muitas das quais mais se aproximando de “doação” do que de venda por
valores efetivos de mercado. Se fosse o “inverso”, ou seja, se o poder público
fosse comprá-las, ao invés de vendê-las, é claro que esses “precinhos”
camaradas não seriam mantidos, e o “negócio” seria realizado por preços 3, 4, ou
nem sei quantas vezes maiores. É claro que foram cumpridas todas as
“formalidades legais” da lei de licitações, etc., porém, a corrupção e as
“maquiagens legais”, embutidas nesses negócios escusos, conseguiram burlar as
próprias leis. E tanto isso é verdade que após transcorridos tantos anos dessas
privatizações “criminosas”, ninguém foi responsabilizado ou condenado. Por isso
parece que o PSDB fez a “coisa” mais bem-feita que o PT.
E
a corrupção não foi pouca. Talvez só tenham “perdido” para a “Era do PT”, de
2003 a 2014, talvez porque estes tiveram mais tempo para “roubar” (13 anos), enquanto
os tucanos lá estiveram “somente” durante 8 anos. Portanto é simples... questão
“matemática”...”caro Dr. Watson” !!!
Mas
enquanto a Polícia, o Ministério Público e os Juízos envolvidos diretamente no
combate e punição à corrupção “quebram a cara” no desempenho moralizador das
suas funções, parece que o Congresso Nacional, os Tribunais Superiores, e o
próprio Poder Executivo Federal, não agem dentro do mesmo espírito.
Bolsonaro,
por exemplo, dentro da “maracutaia” da reeleição antes patrocinada por FHC, parece
priorizar o seu Governo de forma a não se “desgastar” e não sofrer embaraços no
seu projeto pessoal de “reeleição”. Mas parece que ele não está percebendo que no ritmo “frouxo”
em que anda o seu governo, não reagindo à altura, pelos meios legais ou
“constitucionais” possíveis, aos “boicotes” que entravam o seu governo, ele vai
acabar levando “chumbo” nas eleições de 2022, cedendo lugar para retorno da
esquerda, talvez até com Lula. E de nada vai adiantar o esforço “desesperado”
de grande parte da mídia virtual que o apoia para reelegê-lo. A grande mídia e
os bancos estão de mãos dadas com a esquerda.
Além
do mais, ”temo” que novos interesses escusos possam estar por trás da nova fase
de privatizações que será retomada para “valer”, e que foi o grande foco de
corrupção no Governo de FHC. Será que os “homi” mudaram mesmo? E será que
Bolsonaro conseguirá obstar um novo ciclo de corrupção no seu governo?
Sérgio
Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
Um comentário:
Na eleição, um eleitor vota em um candidato.
O candidato é eleito.
Na eleição seguinte, um outro eleitor, que não votou no candidato, vota no candidato.
Mas como não tem reeleição, o eleitor não pode votar no candidato, e tem seu voto CENSURADO, CASSADO!
Mas era o primeiro voto deste eleitor no candidato, assim, o candidato não seria reeleito pelo eleitor.
Embora pudesse ser reeleito por outro eleitor.
O que é importante na eleição: o voto do eleitor ou se o candidato é eleito ou não?
Qual o problema de um candidato ser eleito 4 vezes?
O "problema" não é um candidato ser eleito uma ou mais vezes, mas o protocolo que é usado para permitir que uma pessoa possa se candidatar, e isto vem de dentro dos partidos políticos, isto é, definir o protocolo que um partido político tem de seguir para permitir que uma pessoa - um corruPTo, um criminoso, um psicopata - possa se candidatar a pré-candidato a algum cargo eletivo.
E isto nos remete à legislação eleitoral. Ao voto distrital puro - o proporcional será corruPTo na mesma proporção -, à realização obrigatória de Convenções Partidárias para escolha de pré-candidatos e de candidatos, aos debates entre os pré-candidatos e entre os candidatos.
Nos leva à prática do debate.
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