quinta-feira, 26 de março de 2020

A esquerda/centrão exigindo "intervenção militar constitucional, já"? ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

Pensei ter lido mal. Ou estar dormindo com “pesadelos”. Não era nada disso. Era pura realidade. Uma realidade sempre possível dentro de um país em que a qualquer tempo a ignomínia das ignominias e o absurdo dos absurdos podem ser esperados. A qualquer momento. E os “absurdos” nem conseguem mais surpreender, de tantos que são.
Todos devem saber que os movimentos “intervencionistas”, com base no artigo 142 da Constituição, aos quais alguns militares de alta patente se referiram como “coisa de maluco”, e que daria amparo constitucional para as Forças Armadas “intervirem” frente a eventuais ameaças à Pátria, e aos  Poderes Constitucionais, surgiram na segunda metade dos 14 anos dos  governos do PT (de 2003 a 2016), com Lula da Silva, e Dilma Rousseff, frente às “estrepolias” esquerdistas, e corrupção irrefreada, que  estavam aparecendo nesses governos, inclusive na Justiça, com essa lamentável situação “invadindo” os dois anos seguintes do governo do “vice” ”Michel Temer (de 2016 a 2018), que havia substituído Dilma, em virtude do seu impeachment.
Durante todo esse tempo foi uma unanimidade a convicção de que tais movimentos “intervencionistas” eram da “direita”, dos anti-PT, contra a “esquerda”, dos pró-PT, que estava destruindo o país, e roubando do erário a quantia que chegou a ser estimada de 10 trilhões de reais, cifra essa superior ao próprio PIB Brasileiro.
Mas a “fome” de poder da esquerda não foi saciada durante os 14 anos em que governou, quase destruindo o país, em virtude roubalheira que protagonizou. Mesmo “corrido” da  Presidência, o PT, e sua “camarilha”, continuaram com o apoio irrestrito  da  Grande Mídia, dos bancos (que nunca lucraram tanto em parte nenhuma do mundo, com os “favores” do PT), dos Institutos de Pesquisa, e da classe  política dominante nas Duas Casas Legislativas, formada pela esquerda, que constituiu um “consórcio”, uma “quadrilha”, com o chamado “Centrão” (político), objetivando boicotar e sabotar ao máximo a governabilidade do país, que havia sido assumida por Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro de 2019, o mais ferrenho opositor, dentre todos os candidatos presidenciais, ao  PT, e aos seus parceiros “de crime”.
 Provavelmente contando com o apoio de alguns (ou muitos???) militares “promovidos” na (longa) “Era do PT”, apelidados  “melancias”,  a esquerda e o “centrão”, talvez por intermédio de alguns “prepostos”,  tiveram a cara de pau de criar um “Grupo Público”, no “facebook”, ”roubando” o “intervencionismo” original dos seus legítimos protagonistas, para incorporá-lo na sua nova política de retomada do poder “já”, mesmo “antes” das eleições de 2022, sem pagar, ou se prontificar a pagar, sequer os DIREITOS AUTORAIS da ideia que “roubaram” dos verdadeiros intervencionistas.
O tal “Grupo Público” do “facebook” adotou o nome de batismo “INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL, JÁ”. 
Muito “espertamente”, o referido Grupo Público - INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL, JÁ- esconde, ficando em cima do muro, não esclarecendo quais seriam, exatamente as partes envolvidas na sua pretensa “intervenção, já”, ou seja, quem seria o pretenso “poder interventor”, e quem deveria ser o “alvo” dessa intervenção, a parte “intervinda”. Quem é quem, afinal, entre a “direita” e a “esquerda”?
Mas esse quebra cabeças pode ser resolvido mediante a simples constatação de que praticamente todas as matérias publicadas por esse “grupo público” são CONTRÁRIAS, e só “esculacham” o Governo Bolsonaro.
E por enquanto, as forças mais representativas, dentre todas, que desejam o afastamento de Bolsonaro, seja por “intervenção”, ”impeachment, ”cassação de mandato”, ”assassinato”, ou qualquer outra forma, têm as impressões digitais da esquerda e do “centrão”.
Ora, num país em que imperam os maiores absurdos, contradições, e surpresas de toda ordem, certamente não causaria espanto a mais ninguém que visse, depois de tudo isso que acontece no Brasil, um bando de urubus à procura de carniça voando mais baixo e fazendo “coco” sobre os urubus que voam mais alto.
O “Poder Militar” seria o fiel da balança dessa disputa? Para que lado esse poder “penderia”?
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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