domingo, 12 de abril de 2020

A democracia do ocidente derrotada pelo imperialismo comunista? ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

Karl Marx deve estar se revirando no túmulo em face do que os seguidores da sua doutrina fizeram com o seu “socialismo científico” que, segundo o pensador alemão, seria o primeiro passo para chegar-se ao “comunismo”, à “vitória do proletariado”, à “abolição das classes sociais”, à superação da “mais-valia”.
Mas apesar de Marx, os seus discípulos acabaram “multifurcando” (perdoem o neologismo) a sua teoria, fazendo uma verdadeira “salada-de-frutas” do socialismo/comunismo, originalmente concebido. É por isso que passados mais de um século da teoria de Marx, os socialistas/comunistas de todo o mundo estão divididos numa infinidade de correntes, dentre as quais, o “esquerdismo”, o “marxismo cultural”, o “gramscismo”, a “social democracia”, a “Escola de Frankfurt”, e outras de menor importância.
Mas ao que tudo indica o “gramscismo” estaria vencendo as demais correntes, especialmente no Brasil, adotando estratégias semelhantes ao que pregava a corrente “menchevique”, que num primeiro momento foi vencida pelos “bolcheviques”, liderados por Lenine, na vitória da Revolução russa de outubro de 1917. Tanto os mencheviques, quanto os gramscistas, sempre rejeitaram a tomada do poder por métodos violentos, pela força.
E tudo leva a crer que o estágio mais avançado da experiência gramscista teria sido alcançado justamente no Brasil, que a essa altura dos acontecimentos poderia ser considerado o principal “laboratório” político/social dessa “experiência”, no mundo.
Na terra “tupiniquim”, o gramscismo se apossou, por vias pacíficas, inclusive “eleitoralmente”,  após o término do Regime Militar, em 1985, de praticamente todas as universidades públicas federais, de muitos outros estabelecimentos públicos de ensino, dos principais veículos de comunicação de massa, das maiores instâncias da Igreja Católica Apostólica Romana (CNBB, etc.), muito “chegadas” ao Papa Francisco, reconhecidamente um esquerdista, dos Tribunais Superiores da Justiça Brasileira, e do Ministério Público, ”fincando pé” em quase todas as´ demais organizações públicas e privadas. Só “pouparam” se instalar no “fiofó” da cachorrada criada nas suas em virtude dos seus rabos “atrapalharem” essa manobra.
Modernamente, o socialismo/comunismo, por todas as suas vertentes, se converteu numa nova modalidade IMPERIALISTA.  Imperialismo esse, aliás, considerado o “inimigo número 1”, do comunismo, conforme Marx, no que pertine às relações entre os diversos países.
Mas enquanto o chamado “mundo livre”, ”ocidental”, ”democrático”, ou ”capitalista”, se dedicou a produzir a maior parte das suas riquezas para satisfazer as necessidades dos seus povos, colocando o Estado a serviço da Sociedade, pelo contrário, os países que optaram pelo socialismo/comunismo INVERTERAM essa correlação, colocando o HOMEM A SERVIÇO DO ESTADO, num novo e mais cruel regime “escravista”. Isso significa, trocando em miúdos, que em relação ao problema finalístico do Estado, no socialismo/comunismo, É O HOMEM QUE SERVE O ESTADO, enquanto, inversamente, no mundo livre, O FIM ÚLTIMO DO ESTADO É SERVIR AO HOMEM. É o Estado que serve o homem, não o contrário.
Dessa maneira, o “crime” da “mais-valia”, na visão de Marx, que seria a apropriação “indevida” que o patrão faz de parte do salário do trabalhador, pela qual ele não é remunerado, se torna absolutamente irrelevante, mesmo “brinquedinho-de-criança”, perto da apropriação TOTAL, ABSOLUTA, SEM LIMITES, dos esforços produtivos do trabalhador pelo Estado-Patrão.
Portanto, essa “mais-valia” estatal que vai a extremos jamais concebidos nem praticados no regime capitalista, é totalmente “embolsada” pelo Estado-Explorador. E nessas condições o trabalhador deixa de ser considerado um ser humano, e passa a ser “coisa”, mero instrumento da produção, uma “ferramenta”, só mantido vivo e com a saúde necessários para poder trabalhar e produzir para o Estado, como “coisa” sua, sem NENHUM DIREITO correspondente aos seus esforços.
Nessas condições, a extraordinária “poupança” que foi feita através do tempo pela República Popular da China, um dos países comunistas mais importantes da atualidade, ”ombreando” com a Rússia, por exemplo, às custas dos seus oprimidos trabalhadores, permitiu-lhe montar um dos  aparatos bélicos mais expressivos do mundo, além de obter os recursos  necessários para adquirir uma infinidade de bens de capital, de produção, nos países a serem conquistados pelos “capitais” chineses, o que está fazendo com bastante  competência e celeridade, especialmente  na África e América Latina.
Particularmente no Brasil, a China entrou de “sola”. Já comprou quase metade das terras brasileiras, investindo pesado em “capital fundiário”, provavelmente para abastecer de alimentos a “matriz”. Inúmeras outras empresas foram incorporadas ao “patrimônio chinês”. Além disso, os “chinas” deverão preponderar na aquisição dos ativos, das mais importantes e lucrativas empresas estatais do Brasil, que brevemente serão privatizadas, provavelmente num novo ciclo de “privataria”, a partir de subavaliações, como já foi antes.
Preocupados em fazer a “cabeça” do povo brasileiro, os chineses tiveram a cautela de adquirir grande parte dos direitos sobre duas das principais redes de televisão do Brasil: a Globo e a Bandeirantes. Preparem-se, meu povo, para a lavagem cerebral que breve estará no ar!!!
O ânimo de conquista mundial dos comunistas chineses pode ser resumido nas palavras do seu Presidente, Xi Jinping, do Partido Comunista da China, que a partir de Mao Tsé-Tung, desde 1949, governa o país, ininterruptamente, e que declarou para todo o mundo ouvir, em 2017: “chegou a hora da China liderar o mundo”.
Essas novas conquistas almejadas pelos chineses certamente partem de um plano de AMPLIAÇÃO “geográfica” ambiciosa, a partir  da antiga ROTA DA  SEDE, que consistia numa série de rotas  interligadas para comercialização da seda produzida com exclusividade pelos chineses, entre o Oriente e a Europa, usada desde 200 a.C., e que foi percorrida por Marco  Polo, no Século XIII, aventura essa  narrada no seu livro “As Viagens de Marco Polo”, que inclusive teria inspirado o explorador/navegador Cristóvão  Colombo, na sua viagem à América, em 12 de outubro de 1492.
Sérgio Alves de Oliveira / Advogado e Sociólogo

Nenhum comentário: