A intimidade destrói o herói. Mandetta poderia ser o grande personagem do país no enfrentamento ao coronavírus, mas foi picado pela mosca azul e politizou a questão, buscando confrontos desnecessários com o presidente Jair Bolsonaro.
Com a máscara caída, muitos problemas no Ministério da Saúde começaram a aparecer. O principal deles foram as renovações de contratos de comunicação de governos anteriores. Depois disso veio a tona problemas para o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pois perdeu sua autoridade e o apoio que tinha na esplanada após uma entrevista para rede globo, em que ele ultrapassou os limites da ética contra o presidente da República.
Agora, pelo menos 34 contratos emergenciais aparecem com preços muito maiores do que o próprio Ministério pagou em meses anteriores, tudo sem licitação, devido a questão emergencial. Teve item que custou três vezes mais. Como por exemplo nas sapatilhas para profissionais de saúde: o ministério pagou R$ 0,07 por cada par em 2 de março. No dia 26 de março, em meio a pandemia, assinou contrato com outra empresa, pagando R$ 0,20 através de um contrato emergencial, sem licitação. Outro exemplo: o frasco de 500 ml de álcool em gel foi vendido à pasta por R$ 3,91 no início da crise e agora já vale R$ 6,68.
Para grande imprensa, o Ministério da Saúde, através de seu chege da comunicação, Ugo Braga, ex-secretário de comunicação do GDF no governo PT, atribuiu as variações à flutuação cambial e à questão mercadológica, de oferta e demanda. Afirmou que a compra de insumos, equipamentos e afins “é um dos maiores desafios”. Segundo o ministério, não há a determinação de preço máximo.
O Ministério da Saúde contratou, usando dispensa de licitação para o combate ao coronavírus, uma empresa ligada ao financiamento de campanhas eleitorais do ministro Luiz Henrique Mandetta Empresa contratada em regime emergência, sem licitação, doou em campanha de Mandetta.
A pasta comprou, em regime emergencial, aventais hospitalares para o Sistema Único de Saúde (SUS) da empresa Prosanis Indústria e Comércio por R$ 700 mil.A empresa é de Aurélio Nogueira Costa, dono também da Cirumed Comércio Ltda. A Cirumed foi uma das maiores doadoras de campanha de Mandetta para deputado pelo Mato Grosso do Sul.Em 2014, a empresa foi a segunda maior doadora do atual ministro.
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