Paulistas fizeram uma carreata pedindo o impeachment do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na tarde deste sábado (11), na região dos Jardins, bairro de classe média alta de São Paulo.
De dentro dos seus carros os manifestantes, vários deles usando máscaras cirúrgicas gritavam “fora Doria” e bordões contra o comunismo como “nossa bandeira jamais será vermelha”. Vários veículos levavam bandeiras do Brasil, outros bandeiras de São Paulo.
O governador, que atrelou sua imagem à de Bolsonaro na eleição de 2018, virou alvo de eleitores do presidente após ele adotar uma política de isolamento mais radical como estratégia de combate à pandemia do coronavírus, diferente do que defende Jair Bolsonaro.
Procurado, o governo de São Paulo informou que “respeita o direito à livre expressão de todos que desejam participar de manifestações no Estado” mas reiterou que “o isolamento social é essencial para diminuir os casos e mortes de covid-19, de acordo com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde”.
Uma mulher que acompanhava a manifestação na calçada era a publicitária Marisa Fonseca, de 57 anos, que mora na vizinhança. “Moro ali na esquina. Desci para comprar cigarro e aproveitei para vir aqui. O Doria em plena epidemia só pensa nele mesmo. Não estou falando que as medidas não têm que ser respeitadas, mas o cara está brigando com o Bolsonaro, não com a epidemia”, disse ela.
Apesar do isolamento, a carreata tumultuou o trânsito da região. O militar da reserva Juarez Conceição chegou a fechar o tráfego na esquina da Rua Estados Unidos e Bela Cintra para permitir que os manifestantes passassem.
“Comunismo aqui não! Estamos pelo Brasil”, gritava ele.
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