domingo, 14 de fevereiro de 2021

Um comunista não pode governar nem a própria casa ✰ Entrevista com Augusto Nunes.

Jornalista fala sobre João Dória, Luciano Huck e critica o comunismo no Brasil

Na última semana, o jornalista Augusto Nunes, atual diretor de redação do Portal R7, participou de uma das lives do canal Na Lata com Antonia Fontenelle, no Youtube. O assunto principal foi o cenário político brasileiro, começando pelos pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
"A eleição presidencial não terminou em 2018, após Bolsonaro ser eleito. A oposição continua em campanha pelo terceiro turno, que não existe, como sabemos. No terceiro ano de governo, a pouco tempo de uma nova campanha, a oposição resolveu trocar a disputa nas urnas pelo impeachment […] Apresentam 50, 60 pedidos de impeachment. Será que existem 50, 60 alegações?" – indaga Nunes.
De acordo com o jornalista, os opositores do atual presidente não se constrangem com a possibilidade de deixar o Brasil paralisado por alguns meses [como ocorre em processo de impeachment], em plena pandemia, e “ficam o dia inteiro de costas para os reais interesses dos brasileiros”.
"Nunca vi um presidente tão perseguido pela imprensa como o Bolsonaro. Nem Getúlio Vargas em seu pior momento" – dispara Nunes.
Ao ser questionado sobre Luciano Huck como presidenciável, Nunes afirma que, embora o ache um bom apresentador, não há possibilidade de uma pessoa se transferir de um programa de auditório para a presidência.
"As pessoas evocam exemplos que não fazem sentido. O Ronald Reagan (ex-presidente dos EUA) era ator e se elegeu. Porém, ele sempre foi ativista político no sindicato dos atores e foi governador da Califórnia antes de se eleger presidente. Ele era um político antes de ser ator. Não basta a popularidade da TV para se eleger. Desta forma, corre-se o risco de repetir o caso de Dilma Roussef, que não foi vereadora ou prefeita e foi a pior presidente da história" – dispara o jornalista.
Ainda sobre Luciano Huck, Nunes relembra o “deslize” do global de ter viajado com a família, uma vez que defende o isolamento.
"Alguém que pretende disputar um cargo como esse, tem que aprender a lidar com coisas complicadas. Esse erro do Huck foi primário. Assim como Doria não poderia ter ido a Miami, após optar pelo lockdown em São Paulo. Falta vivência política".
A respeito da conduta de Joao Doria no governo de São Paulo, Nunes diz que o mesmo está conseguindo garantir a falência da própria candidatura à presidência da República.
"O problema dele é a afoiteza. Quem se candidata a prefeito de São Paulo, basta que seja um bom prefeito para ser um candidato natural à Presidência da República, assim como um bom governador de São Paulo também é candidato natural ao cargo. Ele não soube esperar e está incorrendo num pecado que é resumido por Albert Einstein: “É loucura esperar resultados diferentes, mas fazendo as mesma coisas”. O lockdown não funcionou antes, como não vai funcionar agora".
Sobre a vacina contra covid-19, o jornalista defende que o povo tem o direito de decidir, sem pressão. Ele também alerta para que o “mérito” da compra das vacinas não seja todo creditado aos governantes.
"Nenhum governante comprou vacinas. Foi o povo brasileiro. Fomos nós que pagamos as contas. Os governantes negociaram, o que é diferente" – afirma.
Numa rápida pauta sobre educação durante a live de Fontenelle, Nunes exalta a importância da mesma para que haja conhecimento político suficiente que permita às pessoas perceberem que não faz sentido em 2021 ainda haver militantes do Partido Comunista do Brasil.
"Um militante comunista não pode governar nem a própria casa […] Meu projeto pra ficar rico é juntar os comunistas brasileiros num circo e levar pra Europa e cobrar ingresso" – diz.
Após quase 50 minutos de entrevista, Augusto Nunes finaliza dizendo que, em vez de “dividir o Brasil entre direita e esquerda, ele prefere dividir entre quem cumpre a lei e quem é desonesto”.

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