Cinco manifestantes foram detidos no começo da tarde desta quinta-feira (18) pela Polícia Militar, após estenderem uma faixa com a frase “Bolsonaro Genocida” em frente ao Palácio do Planalto. Eles foram levados à sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília por, segundo nota da corporação, “infringir a Lei de Segurança Nacional”.
A faixa mostra também uma caricatura do presidente Jair Bolsonaro com rabo e chifres, transformando uma cruz vermelha — símbolo da saúde — em uma suástica nazista. Segundo a PM, este foi o motivo da detenção.
– A Polícia Militar prendeu cinco homens por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica, associando o símbolo ao Presidente da República. O grupo foi detido na manhã desta quinta-feira (18), quando estendia, na Praça dos 3 Poderes, a faixa chamando o presidente de genocida ao lado do símbolo nazista – diz a nota.
Alguns dos integrantes do grupo são militantes do PT. Os deputados federais petistas Natália Bonavides (RN), Alencar Santana Braga (SP) e Paulo Pimenta (RS) foram até a sede da PF após a prisão. A presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também esteve na Superintendência.
Ao Estadão, Bonavides disse que o delegado da Polícia Federal que ouviu os manifestantes, Franco Perazzoni, não concordou com o enquadramento deles na Lei de Segurança Nacional, motivo pelo qual eles devem ser liberados ainda hoje. Procurada, a PF não se manifestou sobre o assunto até o momento.
– Está virando moda. É uma situação dramática, um absurdo o que estamos vivendo. A manifestação, a opinião das pessoas está sendo considerada crime. E, o pior, nas condições [em] que foram, onde a PM avalia e classifica as manifestações. Se nós não pararmos com isso agora, vão ser crescentes atitudes como estas. Ontem foi o (youtuber) Felipe Neto; hoje foi o sociólogo que colocou o outdoor chamando Bolsonaro de “pequi roído” – reclamou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann ao Estadão.
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