Nesta sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro indicou que há um acordo por trás da divulgação da “Nota à Nação”, em que adotou um tom apaziguador com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ao ser questionado se o gesto estaria relacionado à soltura do deputado federal Daniel Silveira, o chefe do Executivo afirmou que não pode entrar em detalhes e pediu a confiança dos apoiadores.
– "Não posso… Tem coisas que eu não posso falar com vocês. O que foi ou o que não foi acordado. Certas coisas você confia ou não confia. É o que eu digo. Posso um dia errar, mas até hoje não errei" – declarou.
No decorrer da conversa, o presidente sugeriu que a postura estaria relacionada a um “plano de longo prazo” que envolve a indicação de dois novos ministros ao Supremo Tribunal Federal, que caberá ao vencedor das eleições do próximo pleito presidencial.
– "Quem for eleito em 22, tem duas vagas [no STF] pro início de 23. Tem certos povos que esperam 100 anos pra atingir seus objetivos e tem alguns que querem em um dia. Tá indo devagar, mas tá indo" – acrescentou.
Bolsonaro também respondeu às críticas acerca de sua aproximação com o ex-presidente Michel Temer, de quem partiu a ideia do comunicado em reunião de quatro horas com o chefe do Planalto.
– "Alguns criticam porque eu conversei com o Temer… vocês sabem quem é o Temer. Foi ele que indicou [Alexandre de Moraes ao Supremo]. Alguns querem que eu vá e degole todo mundo" – assinalou.
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