A
reincidência de ABUSO DE AUTORIDADE de membros da Brigara Militar do Rio
Grande do Sul deve ser denunciada para conhecimento de todos, por ter se
tornado repetitiva e absolutamente intolerável.
Enquanto isso ocorre nas ruas, as autoridades governamentais
responsáveis se mostram absolutamente insensíveis e alienadas em relação a
esses procedimentos abusivos.
Mas
as “coisas” acontecem e a gente tem que sair “quieto”, sem qualquer prova formal,
ou identificação funcional desses marginais covardes que vestem uma farda de
autoridade militar, para ingresso de eventuais medidas judiciais punitivas.
Já
na véspera do Natal de 2018, aconteceu-me algo muito parecido com o que vou
narrar agora, e a única alternativa de “defesa” que me restou foi a “caneta”, denunciando
o referido episódio através do artigo que levou o título “A estupidez de um
estúpido usando a honrosa farda da Brigada Militar do RS” (web), publicado na
época em diversos sites e blogs.
Por
ter havido uma certa coincidência de “localização” entre os dois lamentáveis
episódios, ambos na estrada estadual (RS 030), que liga a cidade de Osório e a BR-290
à Tramandaí, presumo que se tratem de (maus) elementos vinculados à unidade da
Polícia Rodoviária Estadual (RS), na citada RS 030, cidade de Osório, que não
conseguem enxergar a diferença entre as pessoas normais e os delinquentes
perigosos e violentos que às vezes têm que enfrentar, tratando todos a
“ponta-pés”.
Passando
a cidade de Osório, no trevo para acessar a “Estrada do Mar”, e seguir até Xangri-Lá,
onde passei a residir, por volta das 16:40 Hs, de 16.09.19, subitamente me
deparei com uma barreira de cerca de 40 a 50 brigadianos fardados e armados até
“aos dentes”, que me sinalizaram para “encostar”, o que de pronto atendi,
claro, sem “queimar pneus”.
Um
deles, de “cara” foi derramando a sua “bílis” mal-humorada sobre mim, me xingando
e mandando dar ré porque eu teria parado o carro muito “longe” dele, dizendo-me
mil desaforos, tudo “gratuitamente”, na frente da minha esposa. Logo atrás dele havia um colega seu apontando
na minha direção, ainda que para o “chão”, uma metralhadora, ou algo parecido, e
me olhava com jeito intimidador.
Mas
não ficou por aí. Apesar de eu estar dirigindo meu carro com tudo regular,
faróis acessos, cinto de segurança, velocidade dentro do limite, etc, o citado
militar exigiu-me os documentos do carro e a carteira de habilitação.
Mas
como todos os documentos estavam nos meus bolsos e eu estava “amarrado” com o
cinto de segurança, é evidente que eu não poderia pegá-los sem soltar antes o
cinto, o que fiz, bem à vista do tal brigadiano. Foi o que bastou para dar um
novo “chilique” no “cara”, acusando-me de estar “sem o cinto”, pelo que
providenciei a imediata “reinstalação” do mesmo, de nada valendo a argumentação
que eu não poderia ter pego os documentos solicitados sem soltar o cinto. Aí
ele me respondeu com prepotência “cósmica”: “só se eu mandar, você poderá soltar
o cinto !!!”. E vá logo embora senão eu vou lhe multar pela falta de cinto.
Senti-me humilhado como um cachorro criado na rua deve se sentir quando é
“corrido”. Mas como eu iria enfrentar o “mais forte”? O mais forte representado
por meia centena de brigadianos armados, no meio da estrada, e sem testemunhas
válidas?
Em
vista das duas situações absolutamente desagradáveis, ilegais e injustas, que
passei com a Brigada Militar do RS, em menos de um ano, evidentemente estou
reconsiderando a boa imagem que eu sempre tive dessa corporação
policial-militar. Esclareço, por fim, que nenhum bandido me tratou tão mal
assim até hoje como “eles”.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário