Para Charlles Batista, a "visita íntima é um dos meios pelos quais o crime organizado repassa mensagens para seus asseclas"
Um deputado estadual do Rio de Janeiro pretende tornar a vida dos presidiários no estado mais difícil. O projeto de lei (PL) 3553/2021, de autoria de Charlles Batista (Republicanos), pretende acabar com a visita íntima e tornar a medida um benefício destinado a réu colaborador ou delator premiado.
Como justificativa, o parlamentar aponta que a “visita íntima é um dos meios pelos quais o crime organizado repassa mensagens para seus asseclas e permite que seus integrantes tenham ‘direito’ à visita de prostitutas que se cadastram como ‘companheiras’, situação corriqueira que é tratada como não existente pelas autoridades”.
Para Charlles Batista, tais visitas muitas vezes acabam gerando rebeliões.
– "O que temos hoje é um canal de comunicação dos líderes de facções com seus subordinados. Com isso, ocorrem rebeliões por disputa de poder entre facções, para demonstrar força ou em represália às ações estatais contra o crime organizado. Não causa surpresa que criminosos costumam utilizar o dia da visita íntima para iniciar motins, indiferentes à vida e à integridade física dos visitantes" – explicou Batista.
O deputado também considera que o combate ao crime organizado “não pode esbarrar nas regalias concedidas aos detentos”.
– "O combate ao crescente poder do crime organizado não pode esbarrar nas regalias concedidas aos detentos. A restrição e proibição de visitas íntimas ajudará muito no trabalho dos agentes de segurança pública, impedindo a organização e execução de crimes" – destacou ele.
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