A
dinâmica política na chamada “democracia” brasileira comprova, com todas as
letras, que não são as IDEOLOGIAS POLÍTICAS, seja de direita, centro, esquerda,
ou qualquer outra, porém o CARÁTER do povo, representado pela maioria dos seus
eleitores, e o caráter dos seus mandatários políticos, o fator determinante das
suas realidades moral, política, social e econômica. Mas por razões difíceis de
explicar, o mau-caratismo tem preferido acampar nas políticas da “esquerda” e do
“centro”, embora os haja também na “direita”, porém com menor expressão.
Resumidamente,
portanto, no fundo, e antes de tudo, o problema não é político, porém moral.
Atribui-se
a Joseph Marie de Maistre (1753-1821), filósofo francês, a autoria da frase
“cada povo tem o governo que merece”. E
o povo brasileiro não escapa desse veredicto.
Nessas
circunstâncias, não se erra quando se diz que “os políticos têm a cara do seu povo”,
e que, na via inversa, também ”o povo tem a cara dos seus políticos”.
Muitos
entendidos no assunto já disseram que se fizerem uma boa propaganda em cima das
“maravilhas e do sabor da merda”, grande parte dos consumidores vão acabar
comendo merda, sem reclamar, e achando muito bom.
Agora
mesmo parece que estão fazendo exatamente isso com aquele famoso apresentador
da Globo, repetindo-se a tentativa anterior de levá-lo a ocupar a cadeira
presidencial na eleição de 2018. Esse “cara” seria certamente o candidato ideal
para esquerda reforçada pelos interesses desonestos da grande mídia, se porventura
Lula não conseguir competir. E suas chances de vencer seriam grandes contra
Bolsonaro ou outro candidato da mesma facção política. É que em virtude da
memória curta da maioria dos eleitores, talvez não lembrassem que tudo de ruim
que anda por aí não foi “construído” por Bolsonaro, porém “herdado” por ele, e
construído antes pelos seus opositores. Pura canalhice política, sem
dúvida.
Esse
tipo de convencimento se assemelha muito à lavagem cerebral idealizada por
Hitler, desde a “Mein Kampf”, executada magistralmente pelo seu Ministro da
Propaganda, ”Doktor” Joseph Goebbels, segundo a qual“ a mentira repetida muitas
vezes acaba se tornando verdade”. E os imbecís políticos que portam irresponsavelmente
um título eleitoral acabam caindo nessa armadilha da mídia como “patinhos”,
escolhendo, ”democraticamente”, os piores.
Essa
“democracia” pervertida foi alvo de estudos
e conclusões do historiador e geógrafo grego POLIBIO (204 aC-120 aC ), segundo
o qual a democracia deixa de ser democracia quando impregnada de vícios, quando
se transforma em OCLOCRACIA, que resumidamente pode ser definida como a
“democracia” corrompida, degenerada, deturpada, falsa, ”ao avesso”, praticada
pela massa ignara e despolitizada, em proveito da patifaria que se adona da
política e tem especial vocação para enganar o povo e dele só
tirar proveito. Nessas condições, a “democracia” se torna uma armadilha
perigosa, que só traz a desgraça ao povo e a “felicidade” dos políticos.
As
eleições periódicas realizadas no Brasil em todos os tempos demonstram, com
raras exceções, que até agora mais se praticou “oclocracia”, ao invés da democracia.
E
nem é preciso ir muito longe no tempo para essa verificação. As recentes
eleições de outubro de 2018 demonstraram com clareza solar que os seus
resultados não foram muito diferentes das eleições anteriores. A patifaria
política, com algumas mudanças de “caras”, continuou no seu trono. Os novos
patifes somaram forças com os velhos patifes, e agora chegam a formar
“alianças”. Alianças da “patifaria”, portanto.
Apesar
da maioria dos eleitores ter jogado
todas as suas esperanças de mudanças na eleição de Jair Bolsonaro, que venceu o
pleito presidencial, dita expectativa está sendo consideravelmente atrapalhada,
pela simples razão do novo Presidente da
República ter ficado REFÉM da velha patifaria política acampada no poder, e que
construiu o aparato jurídico que acorrenta
Bolsonaro e o impede de fazer as
mudanças que havia prometido, inclusive mediante o “aparelhamento” das leis e
dos Tribunais Superiores, do que não está encontrando condições de se livrar, apesar
de ter à sua mão o “remédio” constitucional necessário para salvar o Brasil do
buraco em que foi metido pelos seus políticos desde 1985,”limpando” a área para
bem governar.
É
por essa razão que a virtude da CORAGEM precisa se aproximar mais de Bolsonaro.
Sem ela, o país acabará sendo devolvido aos políticos responsáveis pela desgraça
política que assola o país e que começou lá em 1985, já que não surgiu durante
todo esse tempo novas alternativas políticas viáveis, continuando a “oposição”
representada unicamente pelos “velhos” responsáveis pela situação atual, hoje
capitaneados pelo PT.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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