Depois ainda perguntam porque ninguém sério leva mais a sério a turma dos direitos humanos
Tem uma turma inconformada com a vitória de Bolsonaro nas últimas eleições, e olha que já estamos completando quase um ano de mandato. Ainda não caiu a ficha desse pessoal de que ele venceu com uma plataforma bem diferente daquela "progressista" vigente nas últimas décadas. Ou seja, ele ganhou com o apoio de milhões de brasileiros justamente para mudar muitas coisas!
Aí ele mexe na Cultura, na Educação, no Meio Ambiente, coloca uma evangélica para cuidar de assuntos da família, e a chiadeira é enorme, ensurdecedora. Ele resolve dar uma guinada conservadora nessas pastas, dominadas desde muito pela esquerda, e isso é considerado inadmissível. Onde já se viu colocar nomes que não compartilham da cartilha politicamente correta no comando desses ministérios ou secretarias?!
Marina Silva, que fica meio sumida entre eleições, reapareceu para alfinetar o presidente: "O governo Bolsonaro nomeia sabotadores de causas. O presidente da Funai atua contra povos indígenas, o da Fundação Cultural Palmares nega o racismo, o ministro do Meio Ambiente é antiambientalista... Operam e retratam uma galeria de horrores pro mundo da civilidade democrática".
República não combina com poder arbitrário. República não combina com poder arbitrário
A ex-ministra do Lula parece não aceitar justamente a democracia! Bolsonaro foi eleito com uma pauta bem diferente da sua, e essas causas que ela menciona não são dogmas infalíveis. É preciso debater meios, em vez de tentar monopolizar virtudes e fins nobres. Ser contra a visão "progressista" sobre os povos indígenas, por exemplo, não é o mesmo que ser contra os índios. Muito índio quer progresso, não ser mascote de elite romântica e entediada. Condenar histeria de grupos ambientais não é ser contra o meio ambiente também. E por aí vai.
Um grupo de militantes de direitos humanos protocolou esta semana uma denúncia contra o presidente ao Tribunal Penal Internacional por “incitar o genocídio” e “promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas” do País. Eis o típico grito do derrotado que não aceita a derrota e quer virar o jogo no tapetão. Depois ainda perguntam porque ninguém sério leva mais a sério a turma dos direitos humanos..
Rodrigo Constantino - Jornalista, colunista e escritor.
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