Seria
alta ingenuidade supor que também a esquerda não possuísse nos seus quadros pessoas
altamente qualificadas, em termos de cultura, Inteligência e intelectualidade.
Lenine possuía todas essas qualidades. Liderou a Revolução Bolchevique de
outubro de 1917, na Rússia, e governou por muitos anos.
Mas
Lenine não subiu ao poder mediante “eleições majoritárias”, nem por intermédio
de qualquer outra espécie de “democracia”. Como líder da facção revolucionária
russa vitoriosa, ascendeu ao poder “naturalmente”.
Mas
as qualidades intelectuais “tipo” Lenine jamais ornamentaram os supremos
governantes da imensa maioria dos chamados países “democráticos”, cujos membros
são escolhidos pela maioria dos votos, em eleições periódicas.
Se
porventura acreditarmos na frase que ficou imortalizada, que um dia foi escrita
por Joseph-Marie De Maistre, filósofo francês (1753-1821), segundo a qual “CADA
POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE”, é evidente que as qualidades dos governantes e
parlamentares eleitos estarão intimamente relacionadas às qualidades
intelectuais e morais do respectivo povo.
Isso
quer dizer que, teoricamente, mesmo nas democracias, poderão ser escolhidos os
melhores para governar e legislar, desde que as qualidades desses “melhores”
correspondam às “melhores” qualidades do respectivo povo.
Essa
realidade explica os “acidentes de percurso” experimentados pela “democracia”
brasileira, por exemplo, que geralmente não opta pelos melhores, e sim pelos “piores”,
mas que ao mesmo tempo podem ser considerados “espelho” da massa eleitora, que
sempre prefere votar nos seus “semelhantes”, mesmo que desprovidos de
inteligência, cultura, caráter e moral, que seriam desejáveis aos políticos em
geral.
Essa
é a tragédia da democracia dos “burros”- batizada pelo geógrafo e historiador
da Grécia Antiga, Políbio, como OCLOCRACIA - cujos resultados políticos, sociais
e econômicos “predatórios” poderiam se equiparar, ou até superar, as ditaduras,
as tiranias e as oligarquias.
Parece
que essa poderia ser uma boa explicação para entender os “porquês” da “SUPREMACIA
LULA”, considerado um “deus”, aos olhos da esquerda brasileira, que apesar de
possuir nos seus quadros gente muito melhor qualificada, acaba se submetendo a
essa nefasta manobra “política”, colocando
um “burro” na frente da carroça política para que possa atrair o voto dos seus
“semelhantes”, desprezando o fato de Lula não ter cultura, inteligência, nem
caráter, mas que, para “compensar”, tem uma “qualidade” que nenhum outro
“mortal” tem: esperteza.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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