Depois da estadia de ano e meio em Curitiba, ex-presidente é mandado "para o raio que o parta" por grupo de manifestantes de verde e amarelo
Pareceu um replay de momentos vividos num passado ainda recente e de más lembranças. O ex-presidente Lula, solto recentemente da cadeia, estava no Recife (num hotel de luxo da praia da Boa Viagem, o bairro mais chique da cidade, é claro – onde mais ele poderia estar?), e tomou a sua primeira vaia depois da estadia de um ano e meio em Curitiba. Enfiado no fundo de um desses ônibus de luxo com vidro escuro para ninguém ver nada dentro, aprontava-se para partir rumo ao que, aparentemente, seria um compromisso de sua nova peregrinação pelo Brasil, com a qual imagina atrair as massas e voltar a ser o que foi um dia. Mas em vez de ouvir o aplauso da multidão, ouviu o que tem ouvido sempre que sai à rua: “Lula, ladrão, teu lugar é na prisão”. Na verdade, não havia multidão nenhuma – só um grupo de gente vestida de verde e amarelo, mandando o ex-presidente para o raio que o parta.
Pouca gente? Sim, pouca gente. Mas onde estavam os milhares e milhões de “brasileiros do povo”, os “pobres”, os “desesperados” com o governo”, que deveriam ter aparecido para dar força ao ex-presidente? Estavam em lugar nenhum – e isso no coração do Nordeste, onde Lula, com o apoio dos “institutos de pesquisa de opinião”, sempre diz que tem 101% de popularidade. Talvez seja melhor no interiorzão. Talvez não seja tão ruim da próxima vez. Quiçá o nordestino acorde e se dê conta de que precisa carregar Lula em triunfo. Mas ainda não rolou.
Pouco antes de ser preso, Lula teve uma das suas piores ideias – fazer uma “caravana” pelos estados do Sul. Acabou escorraçado de lá na base da pedrada. Precisa tomar cuidado para a história não começar de novo nas “caravanas” que imagina fazer agora.
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