O Supremo deixou de ser o panteão de grandes juristas. Hoje, o STF ensina o que um juiz não deve ser nem fazer
Antes que critérios políticos e conveniências partidárias interferissem na escolha de seus integrantes, o Supremo Tribunal Federal abrigava o que havia de mais respeitável no mundo do Direito. Só era escolhido quem tivesse notável saber jurídico e reputação ilibada, exigências impostas pela Constituição.
Se até no futebol brasileiro os craques sumiram, é compreensível que seja menos numerosa a linhagem dos grandes juristas. Isso talvez explique a escassez de sumidades no STF, mas não a extraordinária mediocridade da maioria do time da toga.
No meu tempo de estudante, os jovens juízes queriam ser, quando crescessem, um Nelson Hungria ou um Victor Nunes Leal, dois dos tantos que iluminaram a trajetória do tribunal. Num Supremo presidido por Dias Toffoli, cujo mentor é Gilmar Mendes, as sessões da Corte só ensinam a magistrados iniciantes o que um juiz não deve ser nem fazer.
Augusto Nunes - Jornalista
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