As contas públicas do Brasil deveriam fechar este ano de 2019 com déficit de 140 bilhões de reais – e as autoridades econômicas estariam fazendo festa se conseguissem cravar realmente esse número no dia 31 de dezembro.
Afinal, o rombo de 140 bi era a meta – isso mesmo, a meta – do governo para o ano, pois após anos seguidos de destruição de qualquer sanidade no gasto público, o simples fato de ficar no prejuízo previsto tornou-se uma vitória em final de campeonato.
Mas, até que enfim, para os usos e costumes brasileiros, uma previsão de desastre ficou abaixo do que se esperava.
Este ano, segundo acaba de anunciar o ministro Paulo Guedes, o déficit vai ser menor do que o previsto na meta, e o valor a menos não é nenhum trocado – são 60 bilhões de reais. Em vez de ficarmos com um buraco de 140 bi em 2019, como se sonhava, vamos ficar só com 80.
É verdade que a venda de ativos da União, principalmente a cessão de licenças para explorar petróleo, responde pela maior parte da diferença. É verdade, também, que um rombo de 80 bilhões continua sendo um pesadelo.
Mas o petróleo, enterrado como estava no fundo do mar, não valia nem um tostão furado – servia apenas para Lula, Dilma e os seus ases da Petrobras dizerem, antes de entrarem na Lava Jato, que um dia o Brasil ainda iria entrar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). E o déficit, por pior que seja, mostra, enfim, que pode ser combatido nos anos que estão à frente. Menos mal.
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