quinta-feira, 21 de novembro de 2019

RJ - Moradores da Vila Militar da Aeronáutica, na Ilha do Governador, reclamam da falta de segurança na região

Assaltos e invasões a residências são constantes segundo moradores. 
Eles dizem que faixa alertando para o perigo na região foi retirada pela Aeronáutica.

Moradores da Vila Militar da Aeronáutica, na Ilha do Governador, reclamam da falta de policiamento na região. Eles dizem que os assaltos são frequentes e colocaram faixa de alerta sobre o perigo no lugar que chamam de Esquina do Medo: “Área de risco”.
A faixa, que estava pendurada num poste, foi retirada por militares da Aeronáutica. O morador Fábio Glinardello diz que na região acontece de assaltos a invasões de casa.
“Aqui acontece todo tipo de violência, na Vila Militar do Galeão. Como é uma vila aberta, não temos guarita nem ronda. Recentemente tivemos uma família que ficou refém sob a mira de armas, obrigada a fazer saques em bancos. Foi terrível. Todos estamos apavorados. Aqui não tem hora para acontecer os assaltos”, contou o morador.
A vítima da violência citada por Glinardello, muito assustada ainda, contou como foi o assalto que sofreu.
“A pior coisa que aconteceu na minha vida minha. Minha família toda refém de vagabundo. Eu ficar duas horas, eu acordar meu filho com arma na cabeça: ‘meu filho acorda, nós estamos sendo assaltados’. E sem saber o que fazer”, relembrou a vítima.
A moradora Mônica Pedroza diz que o que acontece de pior para todos na Vila Militar é o jogo de empurra sobre as responsabilidades pela segurança entre Aeronáutica e governo do estado.
“Foi tão alardeado o programa de segurança, a violência zero, após a eleição, mas a situação só piora. Tive minha casa invadida por um ‘cracudo’, meu filho foi assaltado na esquina, uma família foi rendida e feita refém na vila e, anteontem, teve um assalto aqui pela manhã. Estou desesperada. Estou com medo de sair de casa. E isso é inconcebível dentro de uma área militar. Local onde os militares colocam uma concertina em cima do muro, quer dizer, não somos capazes de tomar conta de vocês”, reclamou a moradora.
Em nota, a Aeronáutica informou que “os imóveis em questão, citados como sendo uma “Vila Militar”, são, na verdade, Próprios Nacionais Residenciais (PNR) inseridos em logradouro público, conforme Decreto Municipal 26.938, de 24 de agosto de 2006, da cidade do Rio de Janeiro.
Ainda segundo a nota, “existem na região escolas públicas, um hospital municipal e unidades do Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas (DEGASE), além de servir de acesso a ruas ocupadas por imóveis particulares.”
Segundo a assessoria da Aeronáutica, “os permissionários, moradores de PNR, contribuem com uma taxa de ocupação do imóvel, a qual não tem como destinação a segurança das áreas comuns.”
O Comando da Aeronáutica informa que está trabalhando para buscar melhorias “por meio da Prefeitura de Aeronáutica do Galeão, Organização Militar responsável por administrar os referidos imóveis, tem envidado esforços no sentido de buscar uma melhoria efetiva na segurança do local.”

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