quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O "Fim do Mundo" dos ecochatos ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

Todas essas tragédias de extinção, ou quase extinção, da vida na Terra, anunciadas diariamente pelos alarmistas do “fim do mundo”, teriam, como eles pregam, algo a ver com a atuação do homem na deformidade da natureza? 
Tudo leva a crer que não. E que não passa de “alarme falso”. 
Essa conclusão não significa de nenhuma maneira concordância ou omissão com a depredação e poluição da natureza que a cada dia mais se acentua em todo o mundo, nas cidades e no campo. 
Mas se conjugarmos a história do Planeta Terra com a evolução do Homem, certamente chegaremos à conclusão que as tragédias naturais de origem “interna”, anunciadas pelos alarmistas do “fim do mundo”, acontecerão independentemente da participação predatória humana. 
Por um lado, a Terra foi formou-se há cerca de 4,56 bilhões de anos. Os cientistas calculam que 99% das espécies vivas foram dizimadas de alguma forma durante os diferentes períodos geológicos. 
Calculam os cientistas que a própria Lua, satélite natural da Terra, teria sido formada a partir da colisão que o Planeta Theia, mais ou menos do tamanho de Marte, teve com a Terra, fato ocorrido cerca de 100 milhões de anos após a formação da Terra, e que teria “roubado” uma parte do que era a Terra para formação do seu satélite. 
Neste sentido, o Planeta Terra ”deve” à Lua, que não serve só para os “namorados”, principalmente pela recíproca atração gravitacional, a sua própria “estabilidade” no Sistema Solar no cosmos, e mesmo a “vida” nela existente, inclusive as marés. Sem a força da gravidade exercida pela Lula sobre a Terra, a vida seria impossível. Só para exemplificar: se a Terra estivesse “solta” no Sistema Solar, e o seu eixo de rotação se alinhasse com o Sol, o hemisfério voltado para essa estrela ficaria quente demais, e o hemisfério oposto totalmente congelado, praticamente inviabilizando a vida como a conhecemos. 
Os 5 (cinco) “quase fim de mundo”, com extinção de grande parte da vida, só nos últimos 500 milhões de anos, (+ou- 1/10 do tempo de “vida” do Planeta), se deram (1) aos 440 milhões de anos (período Ordoviciano, com vida restrita aos oceanos, onde 85% das espécies e mais de 100 famílias de invertebrados desapareceram); (2) 350 milhões e anos (Período Neodevaniano, com perda de 27 % das famílias, e 70% a 80 % dos organismos marinhos); (4) 250 milhões de anos, onde a Terra ficou com um só supercontinente (Pangea), e a érea de terras superou a de oceanos, e 96 % da vida dos oceanos e 70 % da vida terrestre desapareceram; e (5) 65 milhões de anos, quando um asteroide, ou cometa, atingiu a Terra na Península de Yucatan (México), com extinção de grande parte da vida, inclusive dos Dinossauros. 
Na “evolução” do homem, o primeiro “hominídio” data de (somente) 4,4 milhões de anos, e o fóssil mais antigo do “homo sapiens” foi encontrado em Djebe l Irhound, no Marrocos, há 315 mil anos. A “história” do homem no Planeta Terra, portanto, corresponde a mais ou menos 1/1000 do tempo de existência do Planeta. Nada, portanto. 
O anunciado “aquecimento global”, e o tal de “efeito estufa”, bem como o derretimento do gelo, e o aumento, ou “diminuição”, do nível dos aceanos, já ocorreram diversas vezes na “história” da Terra, sem qualquer participação do homem, que nem mesmo existia, e só passou a “tomar forma” muitos milhões de anos após a última grande “quase” extinção da vida no Planeta, ocorrida há 65 milhões de anos atrás. 
É claro que nenhum certificado de “garantia” pode ser dado tanto à vida na Terra, quanto à “vida” da própria Terra. Tanto causas internas da Terra, como erupções vulcânicas gigantescas, terremotos, eras glaciais,e muitas outras causas, poderiam abalar a vida no Planeta. Mas parece que o maior perigo estaria numa causa “externa”, absolutamente imprevisível, numa eventual colisão de asteroide ou cometa, cujas dimensões poderiam dar um “fim” na Terra. Os que caíram até hoje podem ser considerados “anões”, mas já provocaram muitos estragos. 
Portanto, o único “fim do mundo” certo ainda está bem distante, e se não houver nenhum “acidente de percurso”, a Terra ainda poderá ter uma sobrevida de cerca de 5 bilhões de anos... se tiver, e se “tivermos”, muita “sorte”.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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