O presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar da restrição imposta pelo Facebook para que ele recebesse de apoiadores imagens sobre os impostos cobrados em combustíveis e disse que seria “certo” tirar de circulação jornais que “são fábricas de fake news”. De acordo com o presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para que investigue o bloqueio imposto pela plataforma, que proibiu a publicação de imagens em suas páginas de conteúdo político.
Apesar de falar em tirar veículos de imprensa de circulação, Bolsonaro afirmou que não irá fazer isso porque é um democrata.
– "O certo é tirar de circulação. Não vou fazer isso porque sou democrata. Mas o certo é tirar de circulação Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Antagonista. São fábricas de fake news. Agora deixa o povo se libertar, ter liberdade. Logicamente, se alguém extrapolar alguma coisa, tem a Justiça para recorrer. Agora o Facebook vir bloquear a mim e a população. É inacreditável que isso impere no Brasil. E não há reação da própria mídia" – afirmou Bolsonaro do litoral catarinense, onde passa o período de Carnaval.
Apesar da declaração, Bolsonaro disse que não tomaria providências para a censura aos jornais por ser “um democrata”.
Sob pressão de setores de transporte e caminhoneiros devido ao preço dos combustíveis, no último dia 11 o presidente pediu a apoiadores que abasteçam os veículos em postos de combustíveis e enviem foto de notas fiscais, com os valores pagos. Segundo o presidente, o intuito é encontrar indícios de bitributação e esclarecer as alíquotas pagas em impostos federais e estaduais.
O presidente afirma que sofreu bloqueio do Facebook para se comunicar, receber imagens e utilizar a rede social.
– "Aos críticos: fiquem tranquilos! Vocês estão sempre preocupados com alguma coisa. Os combustíveis continuam aí, com uma nuvem muito carregada no horizonte. Mas vamos resolver esse problema" – afirmou o presidente em transmissão feita nas redes do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
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