Como diria o jornalista José Simão, o Brasil é o país da piada pronta. Seria cômico se não fosse trágico para a figura de nosso país que tenta apagar tempos tristes de desmandos, que deram enormes prejuízos aos cofres públicos e que levarão décadas para se recompor.
Falo da desfaçatez com que o ex-juiz Sergio Moro alavanca sua nova carreira advocatícia. A profissão é nobre, e ele poderia instalar sua banca de advogados de forma isenta, como faz a maioria, e galgando os degraus da ascensão profissional paulatinamente, sem macular ainda mais sua biografia.
Quando saiu do governo atirando, Moro traiu apenas o presidente Jair Bolsonaro. Mas, não satisfeito, ele se associou a Alvarez & Marsal, um grande escritório de consultoria internacional que administra a recuperação judicial da Odebrecht e OAS. Dessa forma ele acabou traindo toda uma nação que depositava extrema confiança em sua honradez.
Moro vai atuar na área de Disputas e Investigações, em São Paulo, cuidando dos processos de recuperação judicial da Odebrecht e OAS. Ambos os grupos são acusados de propina pela Operação Lava Jato, na qual Moro atuou com destaque. Mais parece um cobrador de pênalti que exige chutar a gol e tomar o lugar do goleiro para, ao mesmo tempo, defender o time contrário. Isso também se conhece pelo nome de “escândalo”. Ao ver o melado, ele está se lambuzando.
Finalizo agradecendo a Deus, que tirou a trave de nossos olhos livrando-nos de erros em 2022. Que Ele derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais sobre todo povo brasileiro, que merece dias melhores!
Marco Feliciano - pastor e Deputado Federal por São Paulo
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