A
cada dia que passa mais aparecem as inúmeras injustiças e mentiras previstas na
constituição que norteia a vida dos brasileiros.
Uma
das mais frequentes está no total abandono da regra constitucional, segundo a
qual “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI” (CF art. 5º). Os legisladores da União
(senadores e deputados federais), que teriam que ser os primeiros a respeitar a
constituição, fazem justamente o contrário, desrespeitando-a, legislando e
advogando em “causa própria”, CONTRA A CONSTITUIÇÃO, sonegando nas leis que
aprovam a “igualdade de todos perante a lei”.
Mas
dentre as tantas outras infrações quase diárias a esse mandamento constitucional,
da “igualdade de todos perante a lei”, essa regra “esquece “de alcançar os
MAIORES PARTIDOS POLITICOS.
Nesse
sentido, os grandes partidos têm muito mais direitos que os “pequenos”, dentro
da legislação infraconstitucional, “infratora” da Constituição, onde são os grandes
partidos que ditam as regras, pelo maior peso (número de legisladores) que têm
na aprovação das leis, restando às “minorias”, aos pequenos partidos, pela
menor representação política que têm nas Casas Legislativas, o dever de “obediência”,
e de “subserviência”.
Mas
apesar do povo brasileiro já ter que carregar nas suas costas o enorme peso de sustentar, mediante os impostos que
paga, as multibilionárias folhas de pagamento de uma infinidade de políticos
com mandatos eletivos, nos Poderes Executivo e Legislativo, nas três esferas da
Federação - União, Estados e Municípios - não bastasse esse peso, ainda se
obriga a “bancar” as campanhas político-eleitorais desse exército de parasitas
do povo brasileiro, ou seja, para eles arrumarem os seus próprios “empregos”, os
seus mandatos eletivos, privilégio esse não assegurado a nenhum outro
brasileiro que tem que se “ralar” na busca de meios para o próprio sustento.
Para
que conseguissem uma maneira do povo ter que sustentar as suas “andanças”
políticas para conseguir o “emprego”, muito bem remunerado de “mandatário
eleitoral”, nos Poderes Executivo ou Legislativo, os “safados” inventaram o tal
FUNDO ELEITORAL, e o transformaram em leis.
Esse
Fundo Eleitoral, que era de 2,0 bilhões de reais, acaba de dar um
extraordinário “salto”, para 3,8 bilhões de reais, conforme recente parecer da
Comissão Mista do Congresso, retirando para esse fim 500 milhões da saúde, 280
milhões da Educação, e 380 milhões da Infraestrutura, cujas verbas não servirão
para outra coisa senão reeleger os parlamentares que aprovaram essa lei, ou seus
“colegas” de partido.
Essa
verdadeira “correria” para conseguir uma vaga nos cargos eletivos decorre, sem
dúvida, da generosa remuneração que espera os eleitos, cuja renda média supera
por larga margem qualquer outra atividade remunerada na sociedade civil, incluindo
empresários, trabalhadores autônomos e empregados/servidores públicos dos
“quadros gerais”. E “ganha” também por larga margem da remuneração dos
mandatários políticos de qualquer outra parte do mundo.
E
todas essas anomalias considerando-se tão somente as remunerações “em espécie”.
Se computarmos na remuneração os “acréscimos”, os “salários indiretos”, e todas
as “mordomias” dessa gente, certamente os salários no mínimo tendem a dobrar.
A
tragédia de toda essa situação está em que as pessoas melhor remuneradas na
sociedade brasileira são justamente aquelas que nada ou pouco produzem, além de
muita “falação”, discursos, leis (muitas em “causa própria), e “corrupção”.
E
os que efetivamente produzem riquezas, maiores responsáveis pelo Produto
Interno Bruto-PIB - seja como empresário, trabalhador autônomo ou subordinado –
trabalham e produzem de verdade. E ganham pouco.
Essa
maldita estratégia política estabelecida pelos que “mandam”, pelos que fazem as
leis, fere de morte a própria democracia, eliminando em grande parte a
possibilidade de renovação e alternância periódica do poder político.
Por
isso o principal objetivo do Fundo Eleitoral não passa de “bancar” a
estabilidade de mando dos grandes partidos políticos, por serem os únicos beneficiários
do Fundo Eleitoral, ficando praticamente prejudicada a alternância e renovação do
poder.
Esse
tal de Fundo Eleitoral é algo vergonhoso, inclusive nos critérios de
distribuição/rateio entre os partidos políticos. Do total de 3,8 bilhões de
reais recentemente aprovados, só serão beneficiados os partidos que têm
representação no Congresso, sendo 2% distribuídos indistintamente entre todos esses
partidos, como se fosse uma espécie de “bolsa família”, ou “salário mínimo”,
partidários, e os demais 98% rateados na proporção dos parlamentares dos
partidos no Congresso.
Ora,
mediante essa estratégia ditatorial, que sobretudo nega a democracia, e sempre
considerando que os cargos eletivos só são obtidos mediante dispêndio de muito
dinheiro nas campanhas eleitorais, na verdade o povo, que paga o Fundo
Eleitoral, está “pagando” para não haver nenhuma renovação política, mantendo
estáveis as ditaduras dos partidos, para os quais não faz nenhuma diferença a
troca de algumas “caras”, de alguns nomes, nas suas representações, desde que
continue... “mandando !!!
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
Um comentário:
O fundo eleitoral está sendo mais que duplicado, sangrando dinheiro da Saúde, da Educação, da Infraestrutura e de outras áreas sumamente importantes para a população. Aprovado por voto de liderança, é filho bastardo de que todos se aproveitarão mas que ninguém põe o nome na certidão de batismo. Estes caras - sim, por que excelências é que não são - têm pouco juízo e nenhum pudor e, com tanto dinheiro, se reelegerão perpetuando esta republica deformada em que vivemos. Depois se queixam de ameaças anticonstitucionais longinquas!
Paulo Roberto Santos
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