A Folha tentou conseguir leitores com atritos seguidos com Bolsonaro, mas perdeu.
A ombudsman da Folha de S. Paulo, Flávia Lima, publicada neste domingo, revela que o jornal está morrendo.
Ela informa que o jornal impresso perdeu praticamente 80% de seus assinantes, desde o ano 2000, em que a internet começou a se popularizar de vez:
- Em 2000, a Folha contava, em média, com 440.655 assinantes no formato impresso. Desde então, mais de 350.000 assinaturas foram perdidas no papel—mais do que toda a circulação atual da Folha", diz a jornalista, que aponta a migração para assinaturas digitais.
Hoje, a Folha tem cerca de 235 mil assinantes digitais e 86 mil assinantes da versão em papel, mas a tendência de queda do papel se acentual. "Em 2019, até novembro, a assinatura do papel caiu 13,3%. A digital subiu 17%, o que é positivo. Mas o quadro não é tão simples", afirma a ombudsman.
"A assinatura cheia do impresso custa hoje cerca de quatro vezes a do digital. É certo que o jornal digital quase não tem custos de impressão e distribuição, mas vive à base de tecnologia —além de gastos fixos, como a mão de obra. As assinaturas e os preços cobrados no digital são suficientes para cobrir esses gastos?", questiona.
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