A maioria das pessoas não acredita nisso. Acha que o mundo está cada vez pior. Pergunte a qualquer um e provavelmente receberá como resposta que as coisas nunca estiveram tão ruins. Uma pesquisa de 2013 mostrou que sete em cada dez americanos acham que a pobreza está aumentando no mundo e que é impossível resolver o problema da pobreza extrema num futuro próximo. A percepção é falsa. O mundo está cada vez melhor. E eu posso provar.
Por mais que na sociedade prevaleça uma visão sombria, na realidade a miséria caiu 80% desde 1970, de acordo com economistas da Universidade de Columbia e do Massachusetts Institute of Technology.
Quando seus tataravós nasceram, há 200 anos, 94,4% da humanidade vivia na pobreza extrema. Não eram somente pobres. Eram extremamente pobres. Hoje a situação se inverteu: apenas 9,6% da humanidade vive na mesma condição. Quando seus pais eram crianças, a renda média anual da humanidade era de US$ 446 (equivalente a R$ 1.877). A média atual é de US$ 10.172 (mais de R$ 40 mil).
Pense agora nas guerras. O mundo sempre foi repleto de conflitos violentos, não há dúvida. Mas até as carnificinas estão virando raridade. Há 12 guerras acontecendo atualmente. Há 30 anos havia 23. O número de países que ataca seus próprios cidadãos também caiu, de 15% a 20% entre as décadas de 1950 e 1990, para 5% faz mais de uma década.
O principal motivo é a expansão da democracia. Em 1942, quando a Segunda Guerra Mundial matava milhões, apenas 9,41% dos países eram democráticos. Atualmente mais de metade do planeta, 55,8%, vive em uma democracia.
A fome, um problema que acompanhou a humanidade por séculos, hoje atinge uma parcela ínfima da população mundial: caiu 39% desde 1990. Graças a uma alimentação melhor e progressos na medicina, como as vacinas, antibióticos e transplantes, a expectativa de vida saltou de apenas 52 anos em 1960 para 72 anos hoje. Quando seus bisavós nasceram, a mesma expectativa não passava dos 40 anos.
E não vivemos apenas por mais tempo. As crianças estão cada vez mais inteligentes e mais cultas. Na época dos seus tataravós, apenas 12,5% da população mundial sabia ler e escrever. Quando seus bisavós nasceram, a situação não era muito melhor: 21,4% das pessoas eram alfabetizadas. O índice hoje é de 85,3%.
E também vivemos melhor. Até a poluição caiu. O número de mortes causadas pela poluição do ar caiu de 132,23 óbitos por 100 mil pessoas em 1990 para 99,7 mortes por 100 mil pessoas em 2015.
Depois de tudo isso, alguém pode argumentar que vivemos mais, melhor, mas estamos estressados pela falta de tempo e pelas aflições da vida moderna. Mas até isso é falso. No fim do século XIX, a média de trabalho por semana era de 66 horas. A jornada na maior parte do planeta atualmente não passa de 40 horas semanais.
Todas essas conquistas não são fruto do acaso. O mundo prosperou à medida que o capitalismo ganhou força na maioria dos países, permitindo a livre circulação de ideias, produtos e pessoas. E até para quem acha que, apesar de tudo isso, o capitalismo nos torna mais egoístas, a verdade é o oposto: as sociedades capitalistas são mais generosas do que as sociedades coletivistas do mundo real.
Jones Rossi - Editor de Ideias
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