quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Santos Cruz esclarece: crítica foi ao uso da imagem de generais

Depois de duas postagens feitas no Twitter sobre a manifestação convocada contra o Congresso para o dia 15, o general Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, falou à coluna para rebater a ideia de que tenha se posicionado sobre a realização do ato. Ele diz que criticou exclusivamente a utilização de fotos de oficiais das Forças Armadas na convocação do protesto.
“Eu não sou nem a favor e nem contra manifestação. Sou contra usar indevidamente a imagem de quatro generais para iludir o povo de que a instituição Exército está comprometida. É isso que está errado”, diz ele.
O primeiro tuite, com o título “Irresponsabilidade”, foi interpretado como uma crítica indireta a seus colegas de farda, ao expressar que “confundir o Exército com alguns assuntos temporários de governo, partidos políticos e pessoas é usar de má-fé, mentir, enganar a população”.
Santos Cruz, porém, postou uma segunda mensagem intitulada “Montagem irresponsável”, em que esclarece sua posição.
“Exército – instituição de Estado, defesa da pátria e garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Não confundir o Exército com alguns assuntos temporários. O uso de imagens de generais é grotesco.
*Manifestações dentro da lei são válidas”, escreveu o general.
Na imagem publicada nas redes sociais para divulgar o protesto aparece as fotos de quatro generais da reserva: Mário Araújo (atual secretário de Segurança Pública de Minas Gerais), o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro Augusto Heleno e o deputado Roberto Peternelli Júnior (PSL-SP). Abaixo, o texto convoca para ir às ruas “em massa” e diz que “os generais aguardam as ordens do povo”. Termina com palavras de ordem contra os presidentes da Câmara e do Senado.

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