terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Toffoli tem desempenho supremo nas besteiras que fala ✰ Artigo de J. R. Guzzo

É verdade que ele leva vantagem sobre seus concorrentes, considerando-se as suas credenciais: não fez nada de relevante antes do STF. 

Em matéria de autoridades públicas que falam despropósitos “top de linha”, como diria um vendedor de geladeiras, o Brasil vem avançando rumo à conquista do campeonato mundial – se houvesse um campeonato mundial em que a taça seria entregue ao país cujos peixes gordos dissessem, em menos tempo, a maior quantidade de asneiras para o público em geral.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Antônio Dias Toffoli, tem sido um dos nossos mais “valuable players” nessa competição, para empregar a expressão que costuma ser utilizada na avaliação de atletas no esporte norte-americano.
É verdade que ele leva uma vantagem especial sobre boa parte dos seus concorrentes, considerando-se as suas credenciais: foi reprovado duas vezes no concurso para juiz de direito. Mas mesmo que se desconte essa vantagem, o desempenho do homem é sempre um show.
Ainda outro dia, como um dos seus próprios colegas observou, foi capaz de dar um voto em javanês. Agora, numa entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, Toffoli dobrou a aposta. Segundo disse, a Operação Lava Jato “quebrou empresas”.
Que pena, não? Coitadas. O ministro acha que são vítimas da maldade da justiça. Não lhe passa pela cabeça que todas elas quebraram por terem praticado o crime de corrupção numa escala inédita no mundo. Toffoli acha que quem faliu as empresas corruptas foram os juízes que as puniram de acordo com a lei. Errado. Foram seus donos ladrões.

Nenhum comentário: