quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Um país que "consome" Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer, pode dar certo? ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

O mundo tem inteira razão quando condena Hitler pelas atrocidades que cometeu contra os judeus e outras minorias, durante a primeira metade do século passado.
Mas enquanto atribuem ao nazismo a morte de cerca de 6 milhões de pessoas, ”poupa-se” o comunismo que eliminou mais de 100 milhões de pessoas por onde passou. E sem dúvida essa “amnésia” coletiva tem importantes patrocinadores nas principais organizações internacionais, inclusive na ONU, União Europeia, Nova Ordem Mundial, etc.
Mas mesmo sem que se perdoasse as suas terríveis atrocidades, Hitler também disse e escreveu excepcionalmente algumas verdades. A primeira delas é que na sua visão de socialismo para o mundo, a classe baixa é que deveria “ascender” na pirâmide social, e não a classe alta “descer”. A segunda grande verdade reside na afirmação que ele fez relativamente à classe política do seu país “natal”, a Áustria, segundo a qual “A PIOR ESCÓRIA DA SOCIEDADE ERA ATRAÍDA PARA FAZER POLÍTICA”.
Essas afirmações de Hitler foram proferidas na sua juventude, na oportunidade em que escreveu “Mein Kampf” (Minha Luta), dentro da prisão onde estava recolhido, que inclusive serviu como “guia” do seu futuro governo na Alemanha. Tudo que o “Fuhrer” fez ou deixou de fazer no governo estava previsto no seu livro.
Mas essa “atração da pior escória da sociedade para fazer política” seria um “privilégio” da Áustria, da juventude de Hitler? Porventura com essa afirmação Hitler não estaria condenando indiretamente a “democracia” praticada nesse país, que “escolhia” os piores elementos da sociedade para comandá-la?
E se trouxéssemos essa afirmação de Hitler para o Brasil atual, ela estaria ela errada? Em que categoria de “trabalhadores” brasileiros se concentraria a “pior escória da sociedade”? Seria na categoria dos bancários, dos industriários, comerciários, ambulantes, profissionais liberais, biscateiros, servidores públicos, ”et caterva”?
Ou seria na classe dos políticos, onde na corrente semana foram presos 20 vereadores, de um total de 28, de um grande município brasileiro, por corrupção? E esse tipo de fato não tem sido repetitivo, justamente acontecendo no “jardim da infância” da política, no município? E nos estágios superiores da política, o que não farão esses vereadores? Quando forem deputados, senadores, governadores ou presidentes? E será que a consciência política dos eleitores brasileiros melhora quando se trata de escolher um Presidente da República? Ou seria a mesma “consciência política” que escolhe um “lixo” qualquer de vereador?
 Hitller estaria certo se tivesse feito essa afirmação que fez em relação aos políticos da então Áustria, relativamente ao Brasil atual e seus políticos?
Toda essa situação me leva a acreditar que Aristóteles (em “Política”) estava certo quando classificou as formas de governo em PURAS (Monarquia, Aristocracia e Democracia) e IMPURAS (Tirania, Oligarquia e Demagogia), garantido que o importante mesmo é a VIRTUDE de governar, em qualquer uma das suas formas “puras”, não o tipo de governo, propriamente dito. Quis o filósofo com isso dizer que inclusive a democracia poderá ser um tiro que sai pela culatra e atinge o povo, quando não for praticada com virtude. E qual a virtude da democracia brasileira?
O que não resta nenhuma dúvida é que no Brasil a democracia restou totalmente fracassada, corrompida, dilacerada, levando às suas costas a “pior escória da sociedade”.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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