sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Os cães latiram, Lula foi solto... e nada!!! ✰ Artigo de Sérgio Alves de Oliveira

A polêmica soltura do ex-Presidente Lula, pelos seus “supremos” capachos, Ministros do STF, serviu antes de qualquer coisa para que se demonstrasse no mundo real a sabedoria e a verdade contida na expressão popular: “cão que late, não morde”.
Não foram poucas as insinuações e “avisos” de gente “importante”, inclusive militares, até publicados na imprensa, que uma eventual soltura de Lula poderia ocasionar uma ruptura institucional sem precedentes, ou seja, que o “mundo cairia” sobre a cabeça dos responsáveis e, nas “entrelinhas”, que a soltura de Lula poderia ser revertida.
Mas o que se vê hoje, após a absurda libertação do ex-Presidente, é que todas essas “insinuações”, e avisos “castrenses”, não passaram de “balacas”, de palavras para assustar e “inglês ver”.                                                                                                                                               
Lula foi solto.  E ficou “tudo por isso mesmo”.
E na verdade nenhuma lei nova, ou emenda à constituição (PEC), teria validade jurídica para reverter a “coisa julgada”, pela qual a soltura de Lula foi determinada pelo Supremo. Somente uma constituição nova poderia fazê-lo. Mas essa alternativa em princípio estaria descartada em virtude da falta de coragem e “cegueira” acampada nas autoridades e políticos pretensamente opositores ao mar de lama representado e comandado por Lula da Silva.
As medidas que andam sendo cogitadas e trabalhadas nas Duas Casas do Congresso (Senado e Câmara Federal), que tentam desesperadamente  fazer reformas na Constituição, ou no Código de Processo Penal, autorizando a prisão de réus condenados por tribunais colegiados, ou em 2ª Instância, não passam de PALIATIVOS que só poderão ser aplicados nos futuros casos, não se aplicando a nenhum dos réus beneficiados pela decisão do Supremo de 7 de novembro, inclusive Lula.
Mas sobre esse “detalhe”, o silêncio, tanto dos deputados e senadores, quanto da grande mídia, chega a ser “sepulcral”. Essas reformas só pegarão os réus “mixurucas”, daqui para a frente. Os Lula(s) da Silva “et caterva” continuarão soltos.
As novas forças políticas, que se dizem “renovadoras”, não têm o “crâneo” necessário para que percebam que as “garantias” dos seus opositores e “boicotadores”, residem exatamente naquele texto constitucional que escreveram em 1988 e que, segundo seus preceitos, estariam garantindo a perpetuidade de poder político à corrente ideológica de esquerda. “Nadar” contra essa constituição, é mais difícil do que nadar contra qualquer correnteza.
O jurista Modesto Carvalhosa percebeu com muita clareza o obstáculo representado pela constituição vigente às reformas necessárias, pelo que merece integral apoio das forças políticas, ”militares”, e populares, comprometidas com os melhores valores do povo brasileiro.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

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